Autoridades políticas estiveram presentes na 26ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Belo Horizonte, realizada neste domingo (20/7). Em comum nos discursos, houve destaque para a pauta defendida pela manifestação, acerca de políticas públicas voltadas para o envelhecimento das pessoas LGBTQIA+, além do protesto contra aqueles que querem deslegitimar os direitos desta população.

A primeira a discursar foi a ministra dos direitos humanos e cidadania, Macaé Evaristo. Em sua fala, a ministra pediu apoio ao projeto de lei protocolado pela deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) que busca instituir a Política Nacional de Promoção dos Direitos e Atenção Integral às Pessoas Idosas LGBTI.

“Envelhecer nem sempre foi um direito conquistado pela população LGBTQIA+, que tem os maiores indicadores de morte desse país”, discursou a ministra.

Duda Salabert também discursou na parada, e destacou que esta foi a edição “mais difícil da história” da capital. Dias antes do evento, vereadores conseguiram na Justiça a suspensão do financiamento da Prefeitura de Belo Horizonte - o que não impediu a realização da festa.

“Nós somos, sobretudo, pessoas que resistem. Pessoas que amam, que constroem e que revolucionam. Eles queriam matar essa parada, mas fracassaram”, disse Duda Salabert.

Em seu discurso, a secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, citou que as minorias de gênero também estão incluídas na máxima “O Brasil é dos brasileiros”, adotada pela comunicação do governo Lula como contraponto aos lemas patriotas levantados por políticos de direita.

Em meio aos discursos das autoridades políticas, houveram falas com referência à determinação do uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhadas de reações efusivas do público presente.

Vereadores do campo da esquerda de Belo Horizonte também discursaram no trio. Mais cedo, o prefeito Álvaro Damião (União) marcou presença na parada.