Por 68 votos favoráveis e apenas 1 contrário, o Plenário do Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (25), o desembargador mineiro José Afrânio Vilela, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) como novo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mais cedo, o magistrado havia sido aclamado por unanimidade de 27 votos na sabatina de autoridades realizada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), etapa de entrevistas antes de a indicação ser levada à apreciação dos 81 senadores.

Minutos antes, na mesma sessão plenária, o Senado aprovou a advogada Daniela Teixeira, de Brasília, como outro nome a ocupar um cargo de ministra no STJ. Ela recebeu 68 votos favoráveis e 8 contrários. O tribunal ainda não confirmou a data da posse dos novos ministros, mas a expectativa é de que ocorra em 22 de novembro.

Os futuros ministros foram nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda em 29 de agosto, mas só agora, quase dois meses depois, tiveram seus nomes submetidos à sabatina e votação em plenário.

A sabatina e o referendo das indicações ocorreram no mesmo dia em que Lula demitiu a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, como parte de um acordo com o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), para substituí-la por um indicado do Centrão. Presidente da CCJ e integrante desse grupo no Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) vinha sendo apontado como o responsável por travar o andamento das indicações de Lula, o que ele negou a José Afrânio, Daniela e Teodoro.  

“Eu estava aguardando o presidente do Senado convocar a semana do esforço concentrado. Porque de nada adiantaria a presença dos membros dessa comissão se nós não tivéssemos o quórum qualificado para deliberarmos no plenário a indicação de vossas excelências. Não é um desabafo, é uma constatação”, disse.