Do UOL, em Brasília
Mais de uma semana depois do impasse sobre a posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho, o cerimonial do Palácio do Planalto desmontou nesta terça-feira (16) a estrutura preparada no salão nobre do edifício.
A posse estava prevista para 9 de janeiro, mas foi suspensa pela Justiça Federal no Rio de Janeiro atendendo a liminar acionada por um grupo de advogados no Estado. Os processos foram apresentados após ser revelado que Cristiane foi condenada em uma ação trabalhista por não assinar a carteira nem pagar direitos trabalhistas a um motorista que trabalhava cerca de 15 horas por dia para ela e sua família.
Apesar de várias derrotas recentes na Justiça, o governo federal ainda recorre da decisão por meio da AGU (Advocacia-Geral da União). Cristiane chegou a ter a nomeação como ministra publicado no Diário Oficial da União. Por enquanto, o secretário-executivo da pasta, Helton Yomura, também indicado pelo PTB, atua como interino.
O salão nobre – o maior espaço do 2º andar do Planalto dedicado aos eventos mais importantes – contava com palco, púlpito, bandeiras e centenas de cadeiras. Nesta quarta-feira (17), os objetos já não estavam mais no local.
Parte das cadeiras e do palco onde ficam o presidente Michel Temer (PMDB) e demais autoridades do governo federal foi transferida para outro, o salão leste do Planalto, ao lado do salão nobre onde ocorreria a posse no dia 9. Nesta quarta, o governo promoveu evento do Ministério da Educação para anunciar a liberação de recursos para o programa de fomento às escolas de ensino médio em tempo integral.