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O PL convocou uma reunião emergencial para esta terça-feira (2/12), às 15h, em Brasília (DF), com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do presidente nacional da legenda Valdemar Costa Neto, do senador Flávio Bolsonaro e do senador Rogério Marinho. A pauta: definir uma posição oficial do partido diante da crise interna provocada pelas críticas de Michelle à aliança firmada no Ceará.
No fim de semana, Michelle expôs publicamente seu desagrado com o apoio do PL ao possível nome de Ciro Gomes para o governo cearense. Ao defender que o partido não faria sentido se aproximar de quem, segundo ela, se posiciona contra os valores da base de direita, ela chocou parte da cúpula da legenda.
A fala de Michelle foi feita durante um comício em Fortaleza. Apontando para o deputado André Fernandes (PL-CE), um dos articuladores da aproximação com Ciro, Michelle afirmou que a aliança havia sido “precipitada”.
“É sobre isso. É sobre essa aliança que vocês se precipitaram a fazer. Eu tenho orgulho de vocês, mas fazer aliança com o homem que é contra o maior líder da direita, assim não dá”, disse Michelle, olhando para Fernandes.
A reação de Michelle ocorreu porque Ciro Gomes foi adversário direto de Jair Bolsonaro e crítico frequente do ex-presidente.
“Como ficar feliz com o apoio à candidatura de um homem que xinga o meu marido o tempo todo de ladrão de galinha, de frouxo e tantos outros xingamentos? Como ser conivente com o apoio a uma raposa política que se diz orgulhosa por ter feito a petição que levou à inelegibilidade do meu marido e se diz satisfeita com a perseguição que ele tem sofrido?”, disse Michelle, em nota.
"Eu respeito a opinião dos meus enteados, mas penso diferente e tenho o direito de expressar meus pensamentos com liberdade e sinceridade", disse Michelle.
A reação dos filhos do ex-presidente, entre eles Flávio, Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro, foi imediata e severa: consideraram a crítica de Michelle “injusta e desrespeitosa” com quadros do partido e afirmaram que o apoio a Ciro já havia sido referendado pela instância máxima da legenda, com aval do próprio pai.
“A Michelle atropelou o presidente Bolsonaro, que havia autorizado o movimento do deputado André Fernandes no Ceará. E a forma como ela se dirigiu a ele, talvez nossa maior liderança local, foi autoritária e constrangedora”, disse Flávio.
“Meu irmão está certo. Temos que estar unidos e respeitando a liderança do meu pai, sem deixar nos levar por outras forças!”, escreveu Carlos. A publicação foi republicada por Jair Renan Bolsonaro, o caçula entre os filhos homens.
Quase uma hora depois, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também entrou na discussão. “Foi injusto e desrespeitoso com o André o que foi feito no evento. Não vou entrar no mérito de ser um bom ou mau acordo; foi uma posição definida pelo meu pai. André não poderia ser criticado por obedecer ao líder”, afirmou.
A reunião em Brasília, portanto, assume caráter muito mais simbólico do que meramente funcional: o PL tenta restabelecer uma narrativa de unidade interna, mascarar fissuras e evitar que divergências domésticas virem pânico público às vésperas de um ciclo eleitoral. Mas, ao mesmo tempo, a ofensiva de Michelle evidencia um dilema real dentro do partido, entre pragmatismo eleitoral e fidelidade ideológica.
Ao fim desse encontro, o que estiver decidido poderá não apenas definir o rumo da aliança no Ceará, mas antecipar como a sigla pretende lidar com dissidências internas, possíveis candidaturas à parte e o papel de Michelle Bolsonaro, figura que agora emerge não apenas como ex-primeira-dama, mas como ator político disposto a romper com o silêncio.
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No fim de semana, Michelle expôs publicamente seu desagrado com o apoio do PL ao possível nome de Ciro Gomes para o governo cearense. Ao defender que o partido não faria sentido se aproximar de quem, segundo ela, se posiciona contra os valores da base de direita, ela chocou parte da cúpula da legenda.
A fala de Michelle foi feita durante um comício em Fortaleza. Apontando para o deputado André Fernandes (PL-CE), um dos articuladores da aproximação com Ciro, Michelle afirmou que a aliança havia sido “precipitada”.
“É sobre isso. É sobre essa aliança que vocês se precipitaram a fazer. Eu tenho orgulho de vocês, mas fazer aliança com o homem que é contra o maior líder da direita, assim não dá”, disse Michelle, olhando para Fernandes.
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