A Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Augusto Aras, informou na última sexta-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que abriu uma apuração preliminar para investigar pagamentos em dinheiro vivo feitos pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na compra de dois imóveis na zona sul do Rio entre 2011 e 2016. 

A informação foi publicada pelo jornal O Globo, que, há três meses, divulgou relatos da utilização de R$ 150 mil em espécie pelo filho de Jair Bolsonaro com o objetivo de pagar parte de imóveis adquiridos por ele nos bairros de Botafogo, em 2016, e Copacabana, em 2011.

Em despacho enviado ao STF, Aras afirmou que os procuradores analisarão se há necessidade de abrir uma investigação formal contra o deputado.
 
"Caso, eventualmente, surjam indícios razoáveis de possíveis práticas delitivas por parte do requerido, que teve seu primeiro mandato como deputado federal iniciado em 1º de janeiro de 2015, será requerida a instauração de inquérito nesse Supremo Tribunal Federal", escreveu.

Flávio Bolsonaro


Outro alvo de investigação, o senador Flávio Bolsonaro encaminhou um ofício no último dia 11 ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), comunicando a sua renúncia ao cargo de terceiro secretário da Mesa Diretora do Senado.

O parlamentar foi denunciado pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa por um esquema conhecida como "rachadinha" que acontecia quando o parlamentar cumpria mandato de deputado estadual antes de ser eleito para o Senado.

Ex-assessora do senador, Luiza Sousa Paes confessou que nunca atuou como funcionária dele e também era obrigada a devolver mais de 90% do salário.