O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, chegou pouco depois das 16h ao Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar, em Niterói, região metropolitana do Rio, onde cumprirá a prisão preventiva determinada pelo ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a pedido da Procuradoria-Geral da República. Pezão ficará em uma sala de estado-maior da unidade prisional, após sugestão do interventor federal na segurança do estado, general Walter Braga Netto, já que o governador tem direito a foro privilegiado.
Pezão foi preso nesta quinta-feira (29) cedo no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo do estado. Antes de ser conduzido à sede da Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, onde prestaria depoimento, Pezão pediu para tomar café da manhã. Ele chegou à sede da PF às 7h50.
O governador prestou depoimento por cerca de três horas ao delegado encarregado do inquérito da Operação Boca de Lobo, de onde saiu por volta das 15h. Antes de ser levado para Niterói, o comboio da Polícia Federal ainda passou na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte, onde Pezão passou por uma triagem.
Delação
A Operação Boca de Lobo é baseada na deleção premiada de Carlos Miranda, operador financeiro nos dois governos de Sérgio Cabral. Miranda foi solto no dia 18 deste mês e cumpre prisão domiciliar.
Carlos Miranda foi preso há dois anos, no âmbito da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato, no Rio de Janeiro. O acordo de delação prevê que Miranda fique preso dois anos em regime domiciliar fechado, um ano e meio em regime domiciliar semiaberto e mais um ano e meio em regime domiciliar aberto. Ele terá que usar tornozeleira eletrônica.