APROVAÇÃO

Pesquisa Ipec divulgada neste domingo (19) aponta que 41% dos entrevistados classificam a administração de Lula até o momento como boa ou ótima. Para 24% dos brasileiros, ela é ruim ou péssima. Aqueles que consideram o governo regular somam 30%.  

A pesquisa, encomendada pelo jornal “O Globo”, foi encomendada entre os dias 2 e 6 de março. Foram entrevistadas 2 mil pessoas de 128 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. 

Parte significativa das pessoas entrevistadas pela pesquisa Ipec que compõem o grupo do “regular” declaram ter votado em Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022. Entre quem diz ter apoiado o ex-presidente, 36% avaliam o governo Lula como regular; e 54% reprovam o petista.  

A avaliação do início do seu terceiro mandato do governo Lula é melhor do seu antecessor. Em março de 2019, Jair Bolsonaro (PL) era classificado positivamente por 34% da população, sete pontos percentuais a menos do que Lula. Aqueles que reprovavam Bolsonaro era 24%. 

Embora esteja a frente do seu adversário na avaliação para o mesmo período de governo, a pesquisa Ipec revela que Lula está abaixo dos índices de avaliação dos seus dois primeiros mandatos.  

O petista chegou a ter 51% de ótimo e bom em março de 2003, quando governou o país pela primeira vez. O índice de reprovação era de 7% da população.  Já em março 2007, logo após a reeleição, Lula tinha aprovação de 49%, contra 16% que o achavam ruim ou péssimo. 

Avaliação por regiões do País 

A pesquisa Ipec divulgada neste domingo aponta que o Nordeste, única região onde o petista foi o mais votado no segundo turno contra Bolsonaro, é o lugar em que Lula tem seu maior percentual de aprovação: 53% de ótimo ou bom. 

O Centro-Oeste e o Norte são duas regiões que registram maior rejeição à atual administração, com 31%. Já o Sudeste, onde se concentra a maior parte da população brasileira, Lula tem 36% de aprovação e 26% de rejeição.

Recorte por Religião 

Entre os católicos, 45% aprovam o governo Lula e 21% desaprovam. Em relação aos evangélicos, 31% classificam a atual administração como boa ou ótima, 32% a veem como regular e 32% a avaliam como ruim ou péssima. 

Invasões do dia 8 de janeiro

O Ipec também analisou a percepção dos brasileiros sobre as invasões do 8 de janeiro aos prédios das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Para 51% dos entrevistados, o ex-presidente Jair Bolsonaro não deve ser culpado pelo vandalismo. Como mostrou O Tempo, os atos foram premeditados e mobilizados em grupos de redes sociais de seus apoiadores.

Os que acreditam que Bolsonaro deve ser julgado e perder o direito de disputar as próximas eleições somam 22%, 19% indicam que o ex-presidente deve ser preso. 

Bolsonaro é investigado por suposta incitação aos atos. Ele foi incluído nos inquéritos dos atos do dia 8 de janeiro depois de postar um vídeo em suas redes sociais com informações falsas sobre o processo eleitoral. O conteúdo foi apagado em seguida.

O público evangélico é o grupo que mais o isenta de responsabilidade nos crimes praticados em Brasília, com 66%. Ao analisar por regiões do país, a pesquisa Ipec registrou que no Nordeste, 54% acham que Bolsonaro deve ser implicado.