Disposto a barrar a qualquer custo a indicação do “terrivelmente evangélico” André Mendonça à cadeira deixada por Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) tem usado uma estratégia que assusta os colegas da casa.


Segundo informações de Lauro Jardim, no jornal O Globo, Alcolumbre tem carregado à tiracolo e mostrado a seus pares um “dossiê” que mostra uma reunião de Mendonça com o então chefão da Lava Jato de Curitiba, Deltan Dallagnol.

O documento tem feito com que cada vez mais senadores desistam de levar à corte o indicado de Jair Bolsonaro (Sem partido), que já ouviu do próprio Alcolumbre que Mendonça não terá votos para chegar ao STF.

O senador amapense trabalha pela indicação de Augusto Aras à vaga e já teria até prometido ao Procurador-Geral da República (PGR) derrubar a indicação de Mendonça.
 

“Queima filme”


Mendonça tem usado de todos os artefatos para tentar afastar sua imagem da de Dallagnol. Bolsonaro até já teria mandado recado ao ex-ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), de que não gosta da proximidade dele com integrantes da Lava Jato.


Em jantar com senadores em agosto, Mendonça chegou a criticar a força-tarefa, como estratégia de mostrar descontentamento com a atuação da equipe de Dallagnol. Em sua fala, o ex-ministro de Bolsonaro comparou a Lava-Jato à operação Mãos Limpas, que não salvou a Itália da corrupção.

Mensagens da Operação Spoofing mostram proximidade entre Mendonça e membros da Lava Jato. Em reunião com membros da operação em janeiro de 2019, o ex-ministro teria prometido uma agenda com o governo Bolsonaro “nas entelinhas”.

 

Fonte:revistaforum.com.br