Insatisfação já leva grupo de líderes a articular derrubada de decreto do visto para americanos, em “voto de censura” ao presidente, informa Poder 360

(WWW2.CAMARA.LEG.BR)

 

O clima para o governo Bolsonaro no Congresso Nacional, especialmente na Câmara dos Deputados, piorou sensivelmente nas últimas horas. Não bastasse o abandono da reforma da previdência, que perdeu apoio até entre governistas após o tratamento especial dado pelo Planalto às Forças Armadas, começou a se articular um protesto parlamentar contra o governo. O site Poder360 informou nesta sexta-feira (22/03) que “pelo menos 10 líderes partidários da Câmara saíram de Brasília no fim da quinta-feira (21) decididos a dar um ‘voto de censura a Jair Bolsonaro na semana que vem”.

Segundo o site, para expressar sua censura o grupo tentará derrubar uma decisão recente do presidente, na terça ou quarta-feira próxima: “Querem votar um projeto de decreto legislativo para revogar o ato de Bolsonaro que permitiu a cidadãos de Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão visitarem o Brasil sem visto de entrada”, disse o Poder360. A novidade foi anunciada durante a visita do presidente brasileiro a Washington. O argumento para derrubar o decreto seria a ausência de reciprocidade, já que os quatro países não deram sinal de quando poderão fazer o mesmo,  revogando a exigência de visto para os brasileiros.

Cargos e os ‘velhos’ políticos

Para desanuviar o ambiente, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, pretende distribuir cargos no 3º escalão a partir da semana que vem. A verificar se as nomeações serão suficientes para reverter o clima antigoverno.

Embora essenciais para a maioria dos parlamentares, cargos não são o único e talvez nem o principal ponto de tensão hoje nas relações entre o Planalto e o Congresso. Há uma insatisfação crescente com a forma como Bolsonaro e seus aliados tratam deputados e senadores, sempre tentando associá-los ao que chamam de ‘velha política’.

Pois, bem, os ‘velhos’ já armam o troco. O sentimento dominante na Câmara dos Deputados foi expresso com fina ironia pelo presidente da casa, Rodrigo Maia, quando disse ao ministro da Economia, Paulo Guedes, durante telefonema nesta quinta-feira (21), que não se ocupará mais da reforma da previdência e, a partir de agora, irá se dedicar à prática da ‘nova política’.

 

Fonte:osnovosinconfidentes.com.br