Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o advogado Frederick Wassef negou que tenha escondido Fabrício Queiroz em sua propriedade na cidade paulista de Atibaia. Wassef também afirmou que não é o "anjo", a quem Queiroz se referia em troca de mensagens com a esposa, e se disse vítima de uma armação para incriminar o presidente Jair Bolsonaro, de quem é amigo.

Queiroz foi encontrado pela polícia na última quinta-feira (18) numa propriedade atribuída a Wassef, em Atibaia, interior de São Paulo. Ele foi preso em operação realizada pela Polícia Civil e levado à penitenciária de Bangu, no Rio de Janeiro. O ex-assessor e amigo pessoal da família Bolsonaro estaria escondido no local há um ano, desde que sumiu dos radares do Ministério Público, após realizar uma cirurgia para a retirada de um tumor, em maio do ano passado. 

"Não sou o Anjo", afirmou o advogado à Folha, referindo-se ao apelido dado a ele pela família do presidente e que deu nome à operação desta semana do Ministério Público do Rio de Janeiro. "Nunca telefonei para Queiroz, nunca troquei mensagem com Queiroz nem com ninguém de sua família. Isso é uma armação para incriminar o presidente."

Wassef reforçou que não mantinha contato com Queiroz, afirmando que seu escritório nunca abrigou ninguém durante esse tempo. "Não escondi ninguém", acrescentou Wassef. "Estão me atribuindo coisas que não fiz. O escritório estava vazio. Os móveis estavam do lado de fora da casa. Tudo estava fora do lugar".