A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, comentou a respeito da composição da sigla no bloco para eleição do novo presidente da Câmara que conta com a adesão de onze partidos de esquerda e também do chamado “centrão”. Em entrevista concedida ao programa Bom Dia 247 nesta segunda-feira (21), ela salientou que “participar do bloco não é uma adesão ao que eles pensam, é uma aliança pontual, não temos ilusão ao Rodrigo Maia, mas ele demarca com o governo em questões relevantes, principalmente quando se trata de um fascista que está do lado de lá”.

A frente dos 11 partidos é hoje o principal bloco de oposição ao candidato de Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL). 

Na entrevista, Gleisi relembrou que Maia já se opôs ao governo Jair Bolsonaro em pontos importantes como a "questão do meio ambiente, das defesas das instituições, defesa da ordem democrática, dos direitos e garantias individuais” e que “isso é relevante quando o cara de direita do lado de lá tem aspectos fascistas”. 
 
Gleisi também apontou prioridades que estão sendo debatidas na composição do bloco e cita o plano nacional de vacinação contra a Covid, a continuidade da renda emergencial e uma agenda contra as privatizações. 

“Precisamos ter o mínimo de condições de frear retrocessos e vamos explorar as contradições deles, dos conservadores que estão operando o sistema”, acrescentou. 


Questionada sobre o tema da queda de Bolsonaro, ela relatou que “é preciso abrir o debate com a sociedade sobre o impeachment, mas não conseguimos costurar esse tema dentro da aliança” dos 11 partidos que compõe o bloco.