REFORMA MINISTERIAL
 
A defesa da ministra da Saúde, Nísia Trindade, para permanecer no cargo tomou conta da internet neste domingo (25/6). O nome dela foi parar nos assuntos mais comentados do Twitter. De acordo com a revista Veja, em reportagem publicada no sábado (24/6), o Centrão estaria de olho na vaga dela. O indicado para ocupar o posto seria Dr. Luizinho, secretário de Saúde do Rio de Janeiro, que estaria sendo apoiado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).


Uma corrente de defesa pela manutenção de Trindade no cargo tomou o Twitter e, até o começo da tarde desta segunda (26), a hashtag Nísia Trindade já tinha mais de 50 mil ocorrências na rede social. Nísia é responsável por um dos maiores orçamentos da Esplanada dos Ministérios e conta com apoio por ser um nome técnico, sem filiação a qualquer partido. A pasta tem previsão de quase R$ 200 bilhões para este ano. Parlamentares vem pressionando para que o Ministério libere recursos vindos de emendas e o Fundo Nacional de Saúde (FNS) é o principal alvo de interesse. 

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Na semana passada, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que a pasta não está disponível para nenhum partido e negou que Lira estivesse fazendo qualquer pressão. “Tanto para mim quanto ao presidente Lula, em nenhum momento o presidente Arthur Lira reivindicou qualquer ministério, em qualquer das conversas que teve fez qualquer tipo de reivindicação ao Ministério da Saúde ou outro ministério do governo federal”.

Ao que tudo indica, no entanto, Nísia está blindada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Trindade foi diretora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e foi uma das responsáveis pela parceria da instituição com o Reino Unido para a produção da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca no país.

Lula deve também decidir sobre o Ministério do Turismo. Daniela Carneiro, atual chefe da pasta, era a indicada do União Brasil, mas pediu na Justiça Eleitoral para mudar para o Republicanos sem perder seu mandato como deputada federal pelo Rio de Janeiro. O partido pressiona o governo para que ela seja trocada pelo deputado Celso Sabino (União-PA).