REPERCUSSÃO

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) voltou ao centro de uma polêmica nas redes sociais nessa quinta-feira (30/10), após insultar a jornalista Regina Ricca durante uma discussão no X. O embate teve início depois que o jornalista Guga Noblat resgatou o caso da prisão de Glaycon Ranieri de Oliveira Fernandes, primo do parlamentar, detido em maio com 30 quilos de maconha e quatro gramas de cocaína.

“Nikolas, por que você está tão caladinho hoje? Olha aí o carro do primo do Nikolas Ferreira com 30 kg de drogas apreendidos. Nada a declarar, deputado? Sabia que seu primo era traficante?”, publicou Noblat.

Regina Ricca reagiu à publicação escrevendo: “O primo traficante do @nikolas_dm não foi executado. Está tendo direito à ampla defesa”, escreveu. As provocações ocorreram em referência à recente megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha que se transformou em um dos episódios mais violentos da história recente do Rio de Janeiro (RJ), com mais de 120 mortos.

Em resposta, o deputado atacou a jornalista: “Meu primo não recebeu a polícia com tiros, barricada e drone com bomba. Mas se tivesse, que sofresse as consequências dos atos dele. Tenta na próxima, piranha”.  

O insulto rapidamente viralizou e gerou críticas ao parlamentar, conhecido pelo discurso conservador e pela defesa de pautas cristãs. Em nova publicação, Regina afirmou que vai acionar judicialmente o deputado por injúria.

“O deputado @nikolas_dm acaba de me chamar de piranha. O deputado cristão, que arrota moralismo pelas redes, acha ter o direito de tratar mulheres como provavelmente trata a sua dentro de casa. Agora ele que se resolva porque vai ter de responder judicialmente por essa injúria”, escreveu.

Nikolas tem se posicionado a favor da ação das forças de segurança no Rio, elogiando a atuação do governador Cláudio Castro (PL). Foi justamente o contraste entre sua defesa da operação e o caso envolvendo o primo preso com drogas que motivou as provocações.

Em junho, ao comentar publicamente a prisão do parente, o deputado classificou a repercussão do caso como uma “tentativa frustrada de desgaste de sua imagem”. Glaycon foi detido em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, após uma abordagem da Polícia Militar.