Ao longo do primeiro ano de mandato, o titular da pasta vem sendo relacionado às organizações criminosas do estado, principalmente com aquelas que atuam no Complexo da Maré. Na audiência, Dino ironizou a ligação feita por parlamentares do núcleo aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“As milícias foram incentivadas por políticos e protegidas por políticos. Eu nunca homenageei miliciano. Eu não sou amigo de miliciano. Não sou vizinho de miliciano. Não empreguei no meu gabinete filho de miliciano, esposa de miliciano e, portanto, não tenho nenhuma relação com o crime organizado no Rio de Janeiro", disse o ministro.
Dino não cita nominalmente os membros da família Bolsonaro, que já foram acusados de ter ligações com integrantes da milícia. Ronnie Lessa, um miliciano envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco, por exemplo, morava no mesmo condomínio em que o ex-presidente no Rio de Janeiro.
A família também era acusada de ter ligações com o ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, morto em 2020, na Bahia, e suspeito de participar de uma milícia em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro, e de comandar um grupo chamado “Escritório do Crime”.