O vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, acompanhando pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Leônidas Oliveira, iniciou, nesta quinta-feira (2/11), série de reuniões e compromissos oficiais durante visita técnica oficial na Europa. As agendas internacionais - em andamento até a próxima semana - têm o objetivo de estreitar relações, atrair investimentos e selar parcerias nas áreas do patrimônio, cultura e turismo.

Nesta manhã, os representantes do Governo de Minas se reuniram com embaixador do Brasil na França, Ricardo Neiva. Durante o encontro, foram discutidas oportunidades para o estreitamento da relação entre Minas Gerais e o país europeu. O embaixador lembrou que, em 2025, será realizado novamente o Ano do Brasil na França, simultaneamente ao Ano da França do Brasil, e foi apresentado a projetos e ideias que a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo está desenvolvendo para o período.

“A conversa com o embaixador foi muito importante para abrir a missão aqui em Paris. As relações do Brasil com a França são antigas e estão baseadas em uma série de negociações e trocas tanto comerciais como culturais. Como essa nossa viagem tem uma força grande na questão do turismo e da cultura, foi importante, por exemplo, ter algumas notícias do Ano do Brasil na França e da França no Brasil, porque nós temos grandes expectativas de trocas de mostras - aqui e lá. Também foi importante para entender um pouco da situação atual das trocas do Brasil e França para a gente começar a desenhar uma forma de aprofundar a relação de Minas Gerais neste cenário”, comentou o vice-governador, se referindo a negociações culturais e econômicas.

Artesanato e produtos típicos

Professor Mateus presenteou o embaixador com uma peça típica do artesanato do Vale do Jequitinhonha: uma queijeira de cerâmica criadas pela artesã Anísia Lima de Sousa, e sua filha, Cibele, em Campo Alegre, um vilarejo de Turmalina. A produção das queijeiras de cerâmica é uma tradição do Vale do Jequitinhonha, popularizada nos últimos dez anos. A artesã usa técnica própria de modelagem do barro e pintura à mão das peças, usando tintas naturais de origem mineral.

O embaixador comentou que outras obras de arte da região, principalmente as tradicionais bonecas, já fazem parte do acervo na residência oficial na França. A arte do Jequitinhonha ainda será tema de outras reuniões nesta missão da Secult com o vice-governador na Europa.

Queijos Juá (Serro), Pingo do Mula e Roça da Cidade (esses dois da Canastra) também foram entregues ao embaixador Ricardo Neiva, assim como o Café Campos Altos, da cidade homônima. Um dos principais motivos da missão do Governo de Minas Gerais na Europa é exatamente fortalecer a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco, processo já iniciado e que aguarda parecer oficial.

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Aline Gonçalves / Imprensa MG

“A presença do Professor Mateus comandando as agendas em Londres e Paris possui um significado muito especial e traduz a centralidade das políticas públicas de Cultura e do Turismo para o Governo de Minas. Unesco, eventos internacionais para Minas, turismo: é nossa cultura no mundo e o mundo na direção de Minas”, observou Leônidas.

A seleção das obras de arte, dos queijos e do café partiu da Vice-Governadoria com apoio da Diretoria de Artesanato da Secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), de Cultura e Turismo (Secult), da Casa Civil (SCC) e de Governo (Segov). A ação de divulgação do governo mineiro tem apoio da Associação Mineira do Queijo Artesanal (Amiqueijo) e da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan).

Monsieur Pão de Queijo

Ainda nesta quinta-feira, o vice-governador Professor Mateus se reuniu com o empresário Antônio Cançado de Araújo, conhecido como Monsieur Pão de Queijo, apelido que dá nome a sua marca de pães de queijo, que existe há pouco mais de seis anos.

Natural de Bom Despacho, Antônio vive na França há mais de três décadas e atua efetivamente na promoção da cultura alimentar mineira na Europa: o polvilho usado em sua receita tradicional da família, por exemplo, é comprado até hoje em Minas Gerais.

Recentemente, ele ganhou um prêmio no parlamento britânico, de melhor empreendedor do Brasil no mundo. “Foi como dar um presente pro meu povo, para Minas Gerais, para o meu pai, minha mãe”, disse, emocionado. Antônio também contou que seu público é diverso e já vendeu mais de meio milhão de pães de queijo no país: “o francês também ama o pão de queijo”, concluiu.