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Durante a pandemia de COVID-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) adotou inúmeras medidas negacionistas. Desde negar a existência do vírus, recusar vacinas, não usar máscara e até provocar aglomerações.
Agora, com a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao cenário político e com o recorde de óbitos por dia causado pela pandemia, Bolsonaro e seus apoiadores trocam o discurso e transformam o negacionismo em campanha pró-vacina.
Em uma tentativa de reconstrução de sua narrativa, para ganhar apoio e conseguir enfrentar com maestria a eleição de 2022, Bolsonaro troca a política do “não fique em casa” e “retomada da economia” para a do “nossa arma é a vacina”.
Confira agora alguns momentos em que o presidente brasileiro foi contra a vacina:
“Não vai ser comprada”
Quando os primeiros estudos de imunizantes contra COVID-19 surgiram em um cenário mundial, países de todo planeta correram para negociar com laboratórios.
No Brasil, o cenário era completamente diferente. Bolsonaro, em sua tradicional live de quinta-feira, negou a compra do medicamento. Isso porque, segundo ele, nenhum “brasileiro servirá de cobaia”.
Da China? “Não transmite segurança”
Colocando seus pensamentos na frente do país, Bolsonaro se recusou a comprar a vacina da China (Coronavac). O presidente alegou que não sentia “segurança” no país. A China é um país comunista.
"Da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela [vacina] transmita segurança suficiente para a população pela sua origem"
“Vacina de Doria”
Pondo mais uma vez seu interesse acima da população, Bolsonaro negou comprar a Coronavac, vacina produzida pelo instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Sua justificativa foi que a vacina era ligada ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
“Querido governador de São Paulo, sabe que sou apaixonado por você. Sabe disso, poxa... Fica difícil, né? E outra coisa, ninguém vai tomar tua vacina na marra não, tá ok? Procura outro. E eu, eu que sou o governo, o dinheiro não é meu, é do povo, não vai comprar tua vacina também não, tá ok? Procura outro pra pagar a tua vacina aí”, disse.
“Eu não vou tomar vacina”
Ao defender a não-obrigatoriedade da vacinação contra a COVID-19, Bolsonaro afirmou em entrevista que não pretendia se imunizar contra a doença. Ele ainda citou que não tomaria o imunizante produzido pelo Instituto Butantan.
Em sua justificativa, o presidente afirmou que já estaria imunizado porque adquiriu a doença. Essa tese não é comprovada cientificamente.
“Morte, invalidez e anomalia"
Quando a Coronavac precisou ter seus estudos paralisados após a morte de um paciente, que depois foi comprovado não ter alterado os estudos, Bolsonaro voltou a citar a vacina com rancor.
"Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar todos os paulistanos a tomá-la. O presidente [Bolsonaro] disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha"
Vacina para todo mundo? Não tem.
Ao criticar uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) por autorizar o poder público a impor sanções a quem não tomar a vacina contra COVID-19, Bolsonaro afirmou que a vacina não seria distribuída para todos os brasileiros.
"Tomou uma medida antecipada, nem vacina tem, não vai ter pra todo mundo ", declarou Bolsonaro, durante transmissão ao vivo na internet.
Vacina chinesa?
"Você quer correr com a vacina? Se eu arranjar agora uma (vacina) chinesa, você toma? Toma ou não? ”, perguntou o presidente, logo após sair de um jogo beneficente em Santos.
Na época, a Anvisa tinha acabado de liberar a Coronavac para uso emergencial.
'Vacina obrigatória só aqui no (cachorro) Faísca'
Quando Bolsonaro afirmou a apoiadores que "ninguém pode ser obrigado a tomar a vacina", ele fez uma piada.
"Vacina obrigatória só aqui no Faísca", disse em selfie com seu cachorro em uma postagem em redes sociais.
Virar um jacaré
Em discurso em Porto Seguro, na Bahia, ao falar sobre o contrato com a Pfizer, uma das fabricantes mundiais de vacina contra a doença, Bolsonaro não se responsabilizou por efeitos colaterais da vacina.
“Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina. Eu não vou tomar. Eu já tive o vírus. Já tenho anticorpos. Para que tomar vacina de novo?”, disse. “Se tomar e virar um jacaré é problema seu. Se virar um super-homem, se nascer barba em mulher ou homem falar fino, ela [Pfizer] não tem nada com isso”, completa.
"Metade da população não vai tomar vacina"
Bolsonaro também afirmou que menos da metade da população tomaria a vacina contra a COVID-19. Segundo ele, a pesquisa foi feita “na praia e em qualquer lugar”.
“Vocês sabem quantos por cento da população vai tomar vacina? Pelo o que eu sei, menos da metade vai tomar”, disse o presidente. “Mas, para quem quiser, vai chegar em janeiro. Devem chegar 2 milhões de doses agora em janeiro, e o pessoal pode tomar, sem problema nenhum."
“Na casa da sua mãe”
Durante visita à cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o presidente voltou a fazer críticas sobre a compra de vacinas contra a COVID-19.
“Tem idiota que a gente vê nas redes sociais, na imprensa, dizendo: 'Vai comprar vacina’. Só se for na casa da tua mãe. Não tem para vender no mundo.”
Ele ainda afirmou que o "governo fez sua parte" e editou medidas provisórias para destinar R$ 20 bilhões para a compra de vacinas.
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Confira agora alguns momentos em que o presidente brasileiro foi contra a vacina:
“Não vai ser comprada”
Quando os primeiros estudos de imunizantes contra COVID-19 surgiram em um cenário mundial, países de todo planeta correram para negociar com laboratórios.
No Brasil, o cenário era completamente diferente. Bolsonaro, em sua tradicional live de quinta-feira, negou a compra do medicamento. Isso porque, segundo ele, nenhum “brasileiro servirá de cobaia”.
Da China? “Não transmite segurança”
Colocando seus pensamentos na frente do país, Bolsonaro se recusou a comprar a vacina da China (Coronavac). O presidente alegou que não sentia “segurança” no país. A China é um país comunista.
"Da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela [vacina] transmita segurança suficiente para a população pela sua origem"
“Vacina de Doria”
Pondo mais uma vez seu interesse acima da população, Bolsonaro negou comprar a Coronavac, vacina produzida pelo instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Sua justificativa foi que a vacina era ligada ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
“Querido governador de São Paulo, sabe que sou apaixonado por você. Sabe disso, poxa... Fica difícil, né? E outra coisa, ninguém vai tomar tua vacina na marra não, tá ok? Procura outro. E eu, eu que sou o governo, o dinheiro não é meu, é do povo, não vai comprar tua vacina também não, tá ok? Procura outro pra pagar a tua vacina aí”, disse.
“Eu não vou tomar vacina”
Ao defender a não-obrigatoriedade da vacinação contra a COVID-19, Bolsonaro afirmou em entrevista que não pretendia se imunizar contra a doença. Ele ainda citou que não tomaria o imunizante produzido pelo Instituto Butantan.
Em sua justificativa, o presidente afirmou que já estaria imunizado porque adquiriu a doença. Essa tese não é comprovada cientificamente.
“Morte, invalidez e anomalia"
Quando a Coronavac precisou ter seus estudos paralisados após a morte de um paciente, que depois foi comprovado não ter alterado os estudos, Bolsonaro voltou a citar a vacina com rancor.
"Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar todos os paulistanos a tomá-la. O presidente [Bolsonaro] disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha"
Vacina para todo mundo? Não tem.
Ao criticar uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) por autorizar o poder público a impor sanções a quem não tomar a vacina contra COVID-19, Bolsonaro afirmou que a vacina não seria distribuída para todos os brasileiros.
"Tomou uma medida antecipada, nem vacina tem, não vai ter pra todo mundo ", declarou Bolsonaro, durante transmissão ao vivo na internet.
Vacina chinesa?
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Na época, a Anvisa tinha acabado de liberar a Coronavac para uso emergencial.
'Vacina obrigatória só aqui no (cachorro) Faísca'
Quando Bolsonaro afirmou a apoiadores que "ninguém pode ser obrigado a tomar a vacina", ele fez uma piada.
"Vacina obrigatória só aqui no Faísca", disse em selfie com seu cachorro em uma postagem em redes sociais.
Virar um jacaré
Em discurso em Porto Seguro, na Bahia, ao falar sobre o contrato com a Pfizer, uma das fabricantes mundiais de vacina contra a doença, Bolsonaro não se responsabilizou por efeitos colaterais da vacina.
“Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina. Eu não vou tomar. Eu já tive o vírus. Já tenho anticorpos. Para que tomar vacina de novo?”, disse. “Se tomar e virar um jacaré é problema seu. Se virar um super-homem, se nascer barba em mulher ou homem falar fino, ela [Pfizer] não tem nada com isso”, completa.
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Ele ainda afirmou que o "governo fez sua parte" e editou medidas provisórias para destinar R$ 20 bilhões para a compra de vacinas.