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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que o governo federal está “atento” para o Brasil não ser “um instrumento de um incidente diplomático” entre a Venezuela e a Guiana. Esse foi um dos temas que ele discutiu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante reunião no Palácio da Alvorada, no fim da tarde desta sexta-feira (8).
Desde que o ditador Nicolás Maduro mostrou a intenção de anexar cerca de 70% do território da Guiana, rica em petróleo, o caso gerou um alerta na comunidade internacional. Esse cenário é particularmente delicado para o presidente brasileiro, que aspira a uma liderança destacada no continente sul-americano, ao mesmo tempo em que demonstra uma relação cordial com o líder venezuelano.
Ao ser questionado pela reportagem em Brasília sobre a preocupação com a situação na fronteira, especialmente considerando que as tropas venezuelanas teriam que passar por Roraima para chegar à Guiana por terra, Múcio saiu pela tangente e negou. “Estamos atentos para que não sejamos instrumentos de um incidente diplomático que envolve dois vizinhos”, respondeu instantes antes de deixar a sede do Ministério da Defesa.
Apesar da negativa, o Ministério da Defesa anunciou, nesta semana, reforço de militares em Roraima. Após a unidade de Pacaraima, a cidade mais perto da Venezuela, ganhar mais 60 militares – até então tinha 70 – o Exército brasileiro vai enviar 28 veículos blindados para a região. Também na quarta-feira, Múcio havia dito que a região da tríplice fronteira está “garantida” pelas Forças Armadas – e não será usada por tropas venezuelanas para invadir a Guiana.
Nesta sexta-feira, o ministro pontuou que esse não seria o único tema a ser tratado com o presidente. Nesse sentido, Múcio listou que iria falar com Lula sobre duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) de interesse da Defesa. Uma é a que pode proibir militares da ativa de se candidatarem, e o outro texto é sobre a previsibilidade Orçamentária militar. O texto, de autoria de parlamentares da oposição e com apoio do Palácio do Planalto, estabelece um piso mínimo de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) no Orçamento.
Maduro recorre a Putin, EUA enviam militares à Guiana
A tensão no continente pode repetir a bipolarização da Guerra Fria, quando Estados Unidos e Rússia, duas maiores potências militares do mundo, rivalizavam a diplomacia e a área de influência no mundo. Na última quinta-feira, os norte-americanos anunciaram exercícios aéreos militares na Guiana. Enquanto isso, Maduro deve se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, no domingo (10) ou na segunda-feira (11), em busca de apoio na disputa territorial.
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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que o governo federal está “atento” para o Brasil não ser “um instrumento de um incidente diplomático” entre a Venezuela e a Guiana. Esse foi um dos temas que ele discutiu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante reunião no Palácio da Alvorada, no fim da tarde desta sexta-feira (8).
Desde que o ditador Nicolás Maduro mostrou a intenção de anexar cerca de 70% do território da Guiana, rica em petróleo, o caso gerou um alerta na comunidade internacional. Esse cenário é particularmente delicado para o presidente brasileiro, que aspira a uma liderança destacada no continente sul-americano, ao mesmo tempo em que demonstra uma relação cordial com o líder venezuelano.
Ao ser questionado pela reportagem em Brasília sobre a preocupação com a situação na fronteira, especialmente considerando que as tropas venezuelanas teriam que passar por Roraima para chegar à Guiana por terra, Múcio saiu pela tangente e negou. “Estamos atentos para que não sejamos instrumentos de um incidente diplomático que envolve dois vizinhos”, respondeu instantes antes de deixar a sede do Ministério da Defesa.
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Nesta sexta-feira, o ministro pontuou que esse não seria o único tema a ser tratado com o presidente. Nesse sentido, Múcio listou que iria falar com Lula sobre duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) de interesse da Defesa. Uma é a que pode proibir militares da ativa de se candidatarem, e o outro texto é sobre a previsibilidade Orçamentária militar. O texto, de autoria de parlamentares da oposição e com apoio do Palácio do Planalto, estabelece um piso mínimo de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) no Orçamento.
Maduro recorre a Putin, EUA enviam militares à Guiana
A tensão no continente pode repetir a bipolarização da Guerra Fria, quando Estados Unidos e Rússia, duas maiores potências militares do mundo, rivalizavam a diplomacia e a área de influência no mundo. Na última quinta-feira, os norte-americanos anunciaram exercícios aéreos militares na Guiana. Enquanto isso, Maduro deve se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, no domingo (10) ou na segunda-feira (11), em busca de apoio na disputa territorial.