O presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (11/11) que a Casa manterá as prerrogativas da Polícia Federal e que o tema é "inegociável". 

Motta confirmou ter intermediado uma conversa entre o relator do projeto antifacção, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. O paraibano tenta conter críticas ao relatório de Derrite, acusado de enfraquecer o papel da PF no combate às facções criminosas e no desempenho das forças de segurança federais.

“A Câmara não permitirá, em nenhum momento, que a Polícia Federal perca suas prerrogativas. Essa é uma condição inegociável — tanto é que o próprio relator, desde o dia de ontem, por nosso intermédio, conversou com o diretor-geral da PF”, disse o presidente.

Motta afirmou que o dia será marcado por reuniões para acertar os últimos pontos do texto antifacção e buscar um consenso entre os líderes. Ele acrescentou que também se reunirá com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para discutir as sugestões apresentadas pelo governo.


O relatório inicial de Derrite previa que a PF investigaria facções só se fosse acionada pelo governador do estado, o que gerou forte reação. Após as críticas, o relator recuou e passou a prever atuação conjunta com as polícias estaduais em casos de sua competência.