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O ex-ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PL), Sergio Moro (Podemos), pré-candidato ao Planalto nas eleições do ano que vem, afirmou, nesta quinta-feira (2/12), que o presidente comemorou, em 2019, ao saber que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi solto. Isso porque, na avaliação do chefe do Executivo, o fato ajudaria a manter a polarização nas eleições de 2022.
"O que a gente sabia é que o Planalto, o presidente, comemorou quando o Lula foi solto, em 2019, porque ele entendia que aquilo o beneficiava literalmente. Então, ele não trabalhou para manter a execução em segunda instância", declarou, ontem, em entrevista à Rádio Jovem Pan Paraná. Ainda segundo Moro, o chefe do Executivo não tentou reverter a decisão.
Alvo da Operação Lava-Jato, conduzida por Moro, o petista ficou preso 580 dias e foi solto após o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância.
Em abril deste ano, o STF, anulou, por oito votos a três, as condenações de Lula no âmbito da Operação Lava-Jato, o que permitiu ao petista recuperar o direito de se candidatar nas eleições de 2022. A maioria da Corte concluiu que a Vara Federal de Curitiba, da qual Moro era juiz, não tinha competência para julgar os casos envolvendo o ex-presidente.
Em 23 de junho último, o plenário do STF concluiu julgamento em que, por sete votos a quatro, declarou a suspeição de Moro ao condenar Lula no caso do triplex do Guarujá (SP). No dia seguinte, a suspeição foi estendida a todos os processos envolvendo o petista. Os casos, portanto, voltaram à estaca zero.
Sabotagem
Também na entrevista, Moro relatou que Bolsonaro "sabotou" o trabalho dele à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública e que não cumpriu a promessa de que o combate à corrupção atingiria a todos, sem distinção a membros do governo.
"Ele não fez nada disso. Ao contrário, começou a sabotar o que eu fazia. Até que chegou a um momento em que eu, simplesmente, saio (do ministério)", concluiu.
O ex-juiz deixou a pasta em abril de 2020 e acusou Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal para proteger familiares e aliados. No último dia 3, o presidente prestou depoimento à PF no inquérito aberto para apurar a denúncia.
Agora desafeto de Bolsonaro, Moro tenta ser o nome da terceira via, uma alternativa à polarização Bolsonaro-Lula. O petista, por sinal, lidera todas as pesquisas de intenção de voto.
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"O que a gente sabia é que o Planalto, o presidente, comemorou quando o Lula foi solto, em 2019, porque ele entendia que aquilo o beneficiava literalmente. Então, ele não trabalhou para manter a execução em segunda instância", declarou, ontem, em entrevista à Rádio Jovem Pan Paraná. Ainda segundo Moro, o chefe do Executivo não tentou reverter a decisão.
Alvo da Operação Lava-Jato, conduzida por Moro, o petista ficou preso 580 dias e foi solto após o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância.
Em abril deste ano, o STF, anulou, por oito votos a três, as condenações de Lula no âmbito da Operação Lava-Jato, o que permitiu ao petista recuperar o direito de se candidatar nas eleições de 2022. A maioria da Corte concluiu que a Vara Federal de Curitiba, da qual Moro era juiz, não tinha competência para julgar os casos envolvendo o ex-presidente.
Em 23 de junho último, o plenário do STF concluiu julgamento em que, por sete votos a quatro, declarou a suspeição de Moro ao condenar Lula no caso do triplex do Guarujá (SP). No dia seguinte, a suspeição foi estendida a todos os processos envolvendo o petista. Os casos, portanto, voltaram à estaca zero.
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Também na entrevista, Moro relatou que Bolsonaro "sabotou" o trabalho dele à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública e que não cumpriu a promessa de que o combate à corrupção atingiria a todos, sem distinção a membros do governo.
"Ele não fez nada disso. Ao contrário, começou a sabotar o que eu fazia. Até que chegou a um momento em que eu, simplesmente, saio (do ministério)", concluiu.
O ex-juiz deixou a pasta em abril de 2020 e acusou Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal para proteger familiares e aliados. No último dia 3, o presidente prestou depoimento à PF no inquérito aberto para apurar a denúncia.
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