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A reunião do diretório nacional do PT desta sexta-feira (8) foi marcada por críticas de petistas à política econômica do ministro Fernando Haddad (Fazenda), à presença de apoiadores de Jair Bolsonaro no governo e ao tratamento dispensado ao partido pela gestão Lula .
As reclamações foram feitas diante de dois ministros do Palácio do Planalto. Escalados para defender as ações do Executivo, Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) ouviram ainda queixas à comunicação do governo e pedidos de maior presença de ministros em estados.
Rui e Padilha abriram o encontro petista com falas em defesa da atuação de Lula. O ministro da Casa Civil fez apresentação com dados do governo ao longo do ano e disse que a economia só não está melhor porque o Banco Central não baixou mais os juros.
Padilha afirmou que as principais medidas do governo no Congresso foram aprovadas neste ano e que é preciso ter condições de governabilidade, defendendo, implicitamente, a aliança com partidos do centrão que outrora apoiaram Bolsonaro. Disse ainda, segundo relatos, que é melhor sofrer as dores de ser governo do que ser oposição.
Após as declarações, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que já expressou críticas à política de Haddad, defendeu, de maneira enfática, a manutenção do patamar atual de previsão de investimentos. Pleiteou "nenhum centavo a menos" e também a criação de uma meta de crescimento.
Ainda segundo participantes, houve reclamações sobre a relação do governo com a bancada petista no Congresso e prefeitos do partido, que seriam preteridos em relação às siglas do centrão, como PP, Republicanos e União Brasil.
Vice-presidente do PT, Washington Quaquá defendeu que os petistas tenham tratamento privilegiado em relação aos recém-aliados do centrão inclusive na liberação de emendas. Diante de Rui, Quaquá reclamou da atuação da Casa Civil e criticou a ausência de centralidade no governo. Disse ainda que Gleisi seria a única com autoridade para coordenar os ministros.
Rui também ouviu críticas à política de segurança pública da Bahia, estado que governou durante oito anos.
O senador Humberto Costa (PT-PE) vocalizou a queixa à condescendência com que os bolsonaristas são tratados por integrantes do governo. Disse que a presença na administração federal de eleitores de Bolsonaro que sempre criticaram Lula e o PT "desmoraliza a militância".
Outra dirigente do partido reclamou sobre o convite a um senador bolsonarista para uma inauguração sem que petistas tenham sido avisados a respeito do evento.
Parlamentares criticaram ainda a comunicação do governo, sugerindo que as ações não estão chegando à ponta.
Na mesma reunião, o diretório nacional do PT aprovou uma resolução crítica ao papel do centrão e da política econômica de Lula, mas o texto ainda pode sofrer alterações.
Apresentado pela ala política integrada pelo presidente, a tendência petista CNB (Construindo um Novo Brasil), o texto foi aprovado por 25 votos. Petistas criaram um grupo para debater eventuais mudanças no documento, que inclui emendas supressivas e acréscimos. A sugestão será submetida a votação.
"O Brasil precisa se libertar, urgentemente, da ditadura do BC [Banco Central] ‘independente’ e do austericídio fiscal, ou não teremos como responder às necessidades do país", diz um trecho.
A resolução afirma que o centrão exerce influência desmedida no Legislativo e tenta deformar a agenda política vitoriosa na eleição.
Ao pregar a organização do partido para mudar a correlação de forças no Legislativo, o documento petista afirma ser inegável que seu campo político permanece minoritário no Congresso Nacional.
"As forças conservadoras e fisiológicas do chamado centrão, fortalecido pela absurda norma do orçamento impositivo num regime presidencialista, exercem influência desmedida sobre o Legislativo e o Executivo, atrasando, constrangendo e até tentando deformar a agenda política vitoriosa na eleição presidencial."
O texto diz que o governo respeita a legitimidade de um Congresso eleito pela população. Mas propõe um esforço conjunto de dirigentes e ministros petistas, além de seus aliados, para levar à população o conteúdo político-transformador das mudanças e da reconstrução do país.
A aprovação do documento provocou mal-estar entre ministros do governo, que reclamaram da realização da reunião do diretório no mesmo dia da abertura de uma conferência em Brasília que reunirá mais de 4.000 pré-candidatos a prefeitos e vereadores.
Após listar avanços econômicos, o documento diz que "não faz nenhum sentido, neste cenário, a pressão por arrocho fiscal exercida pelo comando do BC, rentistas e seus porta-vozes na mídia e no mercado".
A proposta de resolução diz que graças à credibilidade de Lula e apesar do BC de Roberto Campos Neto, a inflação caiu e está sob controle, o emprego aumentou, a renda da população melhorou.
Fonte: (Folhapress - Catia Seabra e Júlia Chaib)
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A reunião do diretório nacional do PT desta sexta-feira (8) foi marcada por críticas de petistas à política econômica do ministro Fernando Haddad (Fazenda), à presença de apoiadores de Jair Bolsonaro no governo e ao tratamento dispensado ao partido pela gestão Lula .
As reclamações foram feitas diante de dois ministros do Palácio do Planalto. Escalados para defender as ações do Executivo, Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) ouviram ainda queixas à comunicação do governo e pedidos de maior presença de ministros em estados.
Rui e Padilha abriram o encontro petista com falas em defesa da atuação de Lula. O ministro da Casa Civil fez apresentação com dados do governo ao longo do ano e disse que a economia só não está melhor porque o Banco Central não baixou mais os juros.
Padilha afirmou que as principais medidas do governo no Congresso foram aprovadas neste ano e que é preciso ter condições de governabilidade, defendendo, implicitamente, a aliança com partidos do centrão que outrora apoiaram Bolsonaro. Disse ainda, segundo relatos, que é melhor sofrer as dores de ser governo do que ser oposição.
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Ainda segundo participantes, houve reclamações sobre a relação do governo com a bancada petista no Congresso e prefeitos do partido, que seriam preteridos em relação às siglas do centrão, como PP, Republicanos e União Brasil.
Vice-presidente do PT, Washington Quaquá defendeu que os petistas tenham tratamento privilegiado em relação aos recém-aliados do centrão inclusive na liberação de emendas. Diante de Rui, Quaquá reclamou da atuação da Casa Civil e criticou a ausência de centralidade no governo. Disse ainda que Gleisi seria a única com autoridade para coordenar os ministros.
Rui também ouviu críticas à política de segurança pública da Bahia, estado que governou durante oito anos.
O senador Humberto Costa (PT-PE) vocalizou a queixa à condescendência com que os bolsonaristas são tratados por integrantes do governo. Disse que a presença na administração federal de eleitores de Bolsonaro que sempre criticaram Lula e o PT "desmoraliza a militância".
Outra dirigente do partido reclamou sobre o convite a um senador bolsonarista para uma inauguração sem que petistas tenham sido avisados a respeito do evento.
Parlamentares criticaram ainda a comunicação do governo, sugerindo que as ações não estão chegando à ponta.
Na mesma reunião, o diretório nacional do PT aprovou uma resolução crítica ao papel do centrão e da política econômica de Lula, mas o texto ainda pode sofrer alterações.
Apresentado pela ala política integrada pelo presidente, a tendência petista CNB (Construindo um Novo Brasil), o texto foi aprovado por 25 votos. Petistas criaram um grupo para debater eventuais mudanças no documento, que inclui emendas supressivas e acréscimos. A sugestão será submetida a votação.
"O Brasil precisa se libertar, urgentemente, da ditadura do BC [Banco Central] ‘independente’ e do austericídio fiscal, ou não teremos como responder às necessidades do país", diz um trecho.
A resolução afirma que o centrão exerce influência desmedida no Legislativo e tenta deformar a agenda política vitoriosa na eleição.
Ao pregar a organização do partido para mudar a correlação de forças no Legislativo, o documento petista afirma ser inegável que seu campo político permanece minoritário no Congresso Nacional.
"As forças conservadoras e fisiológicas do chamado centrão, fortalecido pela absurda norma do orçamento impositivo num regime presidencialista, exercem influência desmedida sobre o Legislativo e o Executivo, atrasando, constrangendo e até tentando deformar a agenda política vitoriosa na eleição presidencial."
O texto diz que o governo respeita a legitimidade de um Congresso eleito pela população. Mas propõe um esforço conjunto de dirigentes e ministros petistas, além de seus aliados, para levar à população o conteúdo político-transformador das mudanças e da reconstrução do país.
A aprovação do documento provocou mal-estar entre ministros do governo, que reclamaram da realização da reunião do diretório no mesmo dia da abertura de uma conferência em Brasília que reunirá mais de 4.000 pré-candidatos a prefeitos e vereadores.
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Fonte: (Folhapress - Catia Seabra e Júlia Chaib)