O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, usou a pandemia para justificar os cerca de 2,4 milhões gastos por Jair Bolsonaro entre os dias 18 de dezembro e 5 de janeiro, quando viajou para o litoral de São Paulo e Santa Catarina. Segundo Rosário, Bolsonaro estava “fora do local costumeiro” e não se encontrava de férias. 

“O presidente da República despachou diariamente com todos seus ministros e assessores e também só nesse período assinou um decreto sete medidas provisórias, sancionou seis projetos de lei. Então, só por aí a gente entende que o presidente da República não estava de férias, ele estava a trabalho no local fora do local costumeiro, onde ele realiza as suas atividades”, disse o ministro nesta terça-feira (20) durante depoimento na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, de acordo com o jornal O Globo. 

Ainda segundo ele, a pandemia de Covid-19 contribuiu para que os gastos fossem elevados, “O primeiro ponto é Covid-19. Todos os seguranças do presidente dividem quartos. Com a Covid-19 estão proibidos essa divisão de quartos. Cada um está ficando individualmente em quarto, o que aumentou os gastos com hospedagem”, disse Rosário. 


Apesar da afirmação, o ministro da CGU ignorou o fato de que Bolsonaro provocou diversas aglomerações durante os dias que passou nas cidades litorâneas e que os seguranças não fizeram uso das máscaras de proteção contra a doença.