A ministra da Agricultura, Tereza Cristina Costa Dias, esteve nesta quinta-feira (18) em Belo Horizonte para receber a grande medalha do Mérito Rural da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg) por seu trabalho em prol do agronegócio mineiro. Além dela, outras 17 homenagens foram entregues a produtores rurais, sindicatos e corporações.

Um dos destaques na premiação foi o Corpo de Bombeiros, que recebeu a medalha na categoria Especial pelos serviços prestados ao Estado. Na mesa da cerimônia, além da ministra, estiveram personalidades como o governador de Minas, Romeu Zema (Novo); o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, o mineiro Marcos Montes; a secretária de Estado da Agricultura, Ana Valentini; o presidente da Faemg, Roberto Simões; o deputado federal Domingos Sávio, entre outros.

No evento, a ministra se mostrou otimista sobre o cenário tanto em Minas quanto no país. "Minas está indo muito bem e tem muito potencial", elogiou, citando o recém-firmado acordo entre Mercosul e União Europeia como uma grande oportunidade de o Estado avançar no segmento.

Entre as regiões de destaque no evento estava o Norte de Minas, para onde foram duas homenagens a produtores rurais. A ex-deputada federal Raquel Muniz comemorou as premiações e afirmou ter boas perspectivas a respeito do trabalho de Tereza Cristina. “Trabalhamos juntas na Frente Parlamentar Agropecuária e ela sempre se mostrou muito atenta aos interesses dos produtores rurais, e vemos nesses 200 dias de governo que ela tem trabalhado muito para desburocratizar o ministério e promover o desenvolvimento do setor”, declarou.

A secretária de Estado de Agricultura também destacou o acordo como um importante passo para o agronegócio mineiro. "Nós estamos muito animados com o acordo, porque nossa produção é muito diversificada e nós seremos muito beneficiados, principalmente com nossa produção de frutas tropicais", ressaltou, confirmando o potencial da produção agrícola do Norte de Minas.

O governador Romeu Zema também demonstrou otimismo para o setor e declarou estar trabalhando em prol deste e de outros segmentos que geram riquezas ao Estado. Ele lembra que o agronegócio está entre os grandes responsáveis pelo crescimento do Produto Interno Bruto estadual, que superou o crescimento brasileiro no primeiro trimestre de 2019, segundo divulgado pelo IBGE. "O campo enfrenta dificuldades diferentes e que temos trabalhado muito para resolver, como as questões ambientais. Nossas secretarias de Agricultura e Meio Ambiente têm trabalhado em conjunto e o estoque de processos em análise tem caído substancialmente", revelou.

Selo Arte

Ainda no evento, Tereza Cristina anunciou a assinatura do decreto que criou o Selo Arte, permitindo que produtos artesanais de origem animal sejam vendidos fora de seu Estado de origem. "É uma forma de abrir o mercado e permitir que produtos como o queijo mineiro, altamente premiado fora do país, não fique preso e gere renda aos produtores", defendeu.

A ex-deputada Raquel Muniz também comemorou a decisão e afirmou que o Selo Arte representa uma grande oportunidade para que os produtos artesanais ganhem mercados.

Norte em destaque

Entre os produtores homenageados, estão Nuno Casassanta e Rodrigo Pinto Canabrava. Casassanta trabalha há mais de 30 anos no cultivo de frutas na cidade de Janaúba, no Norte de Minas, e já trabalhou como secretário da Agricultura do governo de Minas. Já Canabrava cria gado de corte em Bocaiúva, na mesma região. Ambos destacaram a homenagem como forma de reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos produtores do Norte.

“É uma homenagem que não é pessoal, porque todo esse trabalho é feito através de uma mobilização de produtores, de uma construção coletiva, e eu me sinto muito honrado de representá-los aqui”, agradeceu Casassanta. A fazenda do produtor, que conta com 184 mil hectares de terra, tem plantação de banana e teve uma produção em 2018 que chegou a cerca de 220 mil caixas, com 20 kg da fruta em cada uma. Casassanta também foi pioneiro na produção de limão taiti.

Para Canabrava, esta é uma oportunidade de mostrar o potencial do Norte como produtor pecuário. “O regime climático da região dificulta um pouco para o cultivo de certos produtos, mas para a pecuária, para o gado de corte, temos visto resultados muito animadores e a produção de carnes que estão sendo exportadas e dignas de prêmios”, contou. A expectativa, agora, é de que a expansão da agricultura em outros polos de produção de gado de corte promova uma migração das fazendas para o Norte de Minas.

Raquel Muniz é uma das grandes representantes dos interesses da região em Brasília e se declarou muito feliz com as premiações. “É uma homenagem muito justa que fazem às pessoas que produzem, que trabalham e que estão preparadas agora para crescer com o acordo entre Mercosul e União Europeia”, comemorou. "Agora, o nosso desafio é aumentar a produção e nos preparar para aumentar a exportação", finalizou.