O quadro de lideranças políticas da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps) passará a contar com mais dez nomes de diferentes partidos em Minas Gerais. Os mineiros deverão se juntar a outros 89 novatos, que, a partir de 2020, vão compor um quadro de 680 membros da rede suprapartidária.

Com a nova turma, o Raps passa a contar com a representatividade de 28 dos 32 partidos existentes, no Congresso Nacional, governos e Câmaras municipais e Assembleias, em todos os Estados brasileiros.

“São pessoas de diferentes partidos, regiões, gêneros e visões de mundo, que alinham princípios e valores. Temos políticos novatos e também aqueles que querem disputar as eleições no futuro. Cerca de um quarto já está no exercício de mandatos eletivos”, afirma a diretora executiva do grupo, Mônica Sodré. 

PT, PP, PSDB, PSOL, DEM e MDB são alguns dos partidos que, apesar das diferenças ideológicas, estão unidos por meio da rede, que propõe o debate em torno de quatro pautas principais: social, ambiental, econômica e política.

Nas palavras da diretora executiva, a proposta é ampliar a compreensão dessa agenda de sustentabilidade e fazer com que os políticos entendam e apresentem soluções em relação a esses temas. Para tanto, os novatos que ingressarem no grupo a partir do ano que vem passarão por formação para ter expertise para atuar na agenda.

“Encontros regionais vão acolher os novatos, enquanto os que já estão em cargos eletivos passam a ter uma agenda de encontros em Brasília. Não existe pauta ideológica, mas existe um esforço para ampliar a compreensão de que o país precisa ser mais justo, ter mais oportunidades, qualidade de vida. A nossa democracia precisa dar um salto de qualidade, precisamos respeitar os recursos naturais, a mudança climática é real e é provocada pela intervenção humana”, disse.

Entre as conquistas da Raps, Mônica destaca um manifesto levado ao presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ao Ministério do Meio Ambiente pedindo que a agenda da mudança climática seja prioridade não só do governo federal, como também dos demais entes federados.

Num momento em que o Brasil vê crescer a polarização política, que, com apoio das redes sociais, amplia a reverberação de discursos extremos, a organização vai na contramão ao conseguir encontrar afinidades entre grupos distintos.

“O principal valor que vejo na Raps, hoje, é a contribuição para a democracia, de reunir políticos atuais e futuros com tantas diferenças, mas que estão norteados por essa agenda tão importante, que é a da sustentabilidade”, destaca a diretora.