Militares atuaram em prol do golpismo bolsonarista do início do governo até as eleições de outubro, especialmente no ataque às urnas eletrônicas, o que permanece até hoje. Recentemente, notas públicas tiveram a intenção de manter acesa a tese da fraude eleitoral por grupos que permanecem nas ruas e pedem intervenção do Exército contra o resultado do pleito.

Reportagem de Fabio Serapião, da Folha de S.Paulo, publicada neste domingo (4) destaca que os militares contribuíram com a busca por informações sem lastro utilizadas por Jair Bolsonaro (PL) para atacar o sistema eleitoral em suas lives, pela atuação inédita na testagem das urnas nas eleições, até o relatório final e as subsequentes notas públicas.

Todas as investidas contra o sistema eleitoral no governo Bolsonaro têm ou tiveram alguma participação de integrantes da ativa ou reserva das Forças Armadas, destaca a reportagem. O jornalista lembra ainda que as Forças Armadas só começaram a questionar o sistema eletrônico eleitoral sob a gestão Bolsonaro.

O governo Bolsonaro foi o que mais teve a presença de militares em cargos no Palácio do Planalto, nos ministérios e abaixo. Além dessa investida, houve ainda uma atuação bastante ativa das três Forças Armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica.