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string(83) "Mercadante pede desculpas aos chineses: nossa democracia foi invadida por um vírus"
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string(6084) " Em nota divulgada nesta quarta-feira (8), o ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, pediu desculpas ao povo chinês pelo comportamento que classificou como "racista" do clã Bolsonaro.
"O comportamento racista e contrário a tudo que é civilizado no mundo, característico do clã que hoje governa o Brasil e de seus ministros obscurantistas, não faz parte da natureza do povo brasileiro", destacou o ex-ministro.
E acrescenta: "Desde já pedimos desculpas. Mas, ao mesmo tempo, temos que compartilhar, a partir de tudo que foi revelado, que não podemos carregar sozinhos a responsabilidade pelas atrocidades cometidas por Bolsonaro".
Segundo Mercadante, a democracia brasileira "foi invadida por um vírus" com técnicas avançadas de fake news e de manipulação eleitoral, "patrocinadas por poderosos empresários desonestos, brasileiros e estrangeiros".
"Todas as ações dessa família perversa e de seus ministros terraplanistas sanitários servem, claramente, para atender não aos interesses do Brasil, mas aos seus verdadeiros chefes e patrocinadores, a quem sistematicamente obedecem e batem continência", enfatizou.
Confira a íntegra da nota:
Nota Pública - Aloizio Mercadante
Desculpe-nos China e todo povo chinês.
O comportamento racista e contrário a tudo que é civilizado no mundo, característico do clã que hoje governa o Brasil e de seus ministros obscurantistas, não faz parte da natureza do povo brasileiro.
Temos que assumir que esse governo foi de fato eleito. Mas, não se pode dizer que em um processo legítimo. Nossas últimas eleições foram realizadas em ambientes de profundos ataques aos nossos sistemas democráticos.
O principal líder de nosso país foi perseguido e preso pelo então juiz e hoje ministro da Justiça do atual e desastroso governo Bolsonaro. Foi preso sem provas e sem crimes, em um agudo processo de lawfare, justamente porque estava na frente dele em todas as pesquisas eleitorais.
Depois dessa prisão injusta e arbitrária, o Brasil foi alvo ainda da maior campanha de fake news da história das eleições livres no país. Enxurradas de mentiras e de manipulações confundiram parcela importante dos brasileiros e das brasileiras, derrubaram os candidatos que representavam a civilização, macularam o processo democrático e elegeram o candidato que representa todo retrocesso e a barbárie que Bolsonaro apresenta diariamente para o mundo.
Desde já pedimos desculpas. Mas, ao mesmo tempo, temos que compartilhar, a partir de tudo que foi revelado, que não podemos carregar sozinhos a responsabilidade pelas atrocidades cometidas por Bolsonaro.
Bolsonaro foi eleito por um projeto de corrosão de nosso sistema jurídico, atrelado a um esquema de comunicação digital, com indícios crescentes de que ele foi financiado de forma ilícita, que tiveram em Steve Bannon e nas Cambrigdes Analyticas sua porta de entrada para a manipulação de nossas eleições. Parte de nosso sistema jurídico e de nosso Ministério Público atuou desrespeitando a Constituição e agredindo o direito de defesa, o devido processo legal e princípios essenciais do Estado de Direito. Áudios e situações hoje revelados nos permitem entender a gravidade do que ocorreu.
Todas as ações dessa família perversa e de seus ministros terraplanistas sanitários servem, claramente, para atender não aos interesses do Brasil, mas aos seus verdadeiros chefes e patrocinadores, a quem sistematicamente obedecem e batem continência.
Querem ver nossas relações respeitosas, históricas e de parceria estratégica com a China e com o povo chinês destruídas. Não conseguirão! O povo brasileiro admira o povo chinês, como admira o povo norte-americano. Respeita seus governos e seus empresários honestos.
Mas, acreditamos também que é responsabilidade de todos os países entenderem que a prática desse grupo poderoso e organizado e financiado por bilionários, que atuam globalmente, está fragilizando as democracias e patrocinando lideranças de extrema direita, que então se tornam também nocivas para todo o mundo.
Neste pedido de desculpas, compartilhamos também essa ressalva. Nossa democracia foi invadida por um vírus que não conhecíamos: as técnicas avançadas de fake news e de manipulação eleitoral, patrocinadas por poderosos empresários desonestos, brasileiros e estrangeiros.
Por isso, além de desculpas, pedimos a compreensão e o apoio de todos, neste que é um momento dramático para o Brasil e para o mundo. Contra a insanidade deste presidente e de seu projeto de retrocesso e de destruição já estamos lutando.
Contamos com a compreensão de todo mundo, reiterando que o que aconteceu no Brasil deve ser um exemplo compartilhado e entendido por todos os países civilizados. Seguimos na luta pelos interesses legítimos e civilizados de nosso país e de nosso mundo. Afinal, nesta guerra, que é uma guerra civilizatória, deveríamos estar todos do mesmo lado.
Um fraterno abraço do civilizado povo brasileiro.
Aloizio Mercadante é economista, ex-senador (PT-SP), ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo.
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"O comportamento racista e contrário a tudo que é civilizado no mundo, característico do clã que hoje governa o Brasil e de seus ministros obscurantistas, não faz parte da natureza do povo brasileiro", destacou o ex-ministro.
E acrescenta: "Desde já pedimos desculpas. Mas, ao mesmo tempo, temos que compartilhar, a partir de tudo que foi revelado, que não podemos carregar sozinhos a responsabilidade pelas atrocidades cometidas por Bolsonaro".
Segundo Mercadante, a democracia brasileira "foi invadida por um vírus" com técnicas avançadas de fake news e de manipulação eleitoral, "patrocinadas por poderosos empresários desonestos, brasileiros e estrangeiros".
"Todas as ações dessa família perversa e de seus ministros terraplanistas sanitários servem, claramente, para atender não aos interesses do Brasil, mas aos seus verdadeiros chefes e patrocinadores, a quem sistematicamente obedecem e batem continência", enfatizou.
Confira a íntegra da nota:
Nota Pública - Aloizio Mercadante
Desculpe-nos China e todo povo chinês.
O comportamento racista e contrário a tudo que é civilizado no mundo, característico do clã que hoje governa o Brasil e de seus ministros obscurantistas, não faz parte da natureza do povo brasileiro.
Temos que assumir que esse governo foi de fato eleito. Mas, não se pode dizer que em um processo legítimo. Nossas últimas eleições foram realizadas em ambientes de profundos ataques aos nossos sistemas democráticos.
O principal líder de nosso país foi perseguido e preso pelo então juiz e hoje ministro da Justiça do atual e desastroso governo Bolsonaro. Foi preso sem provas e sem crimes, em um agudo processo de lawfare, justamente porque estava na frente dele em todas as pesquisas eleitorais.
Depois dessa prisão injusta e arbitrária, o Brasil foi alvo ainda da maior campanha de fake news da história das eleições livres no país. Enxurradas de mentiras e de manipulações confundiram parcela importante dos brasileiros e das brasileiras, derrubaram os candidatos que representavam a civilização, macularam o processo democrático e elegeram o candidato que representa todo retrocesso e a barbárie que Bolsonaro apresenta diariamente para o mundo.
Desde já pedimos desculpas. Mas, ao mesmo tempo, temos que compartilhar, a partir de tudo que foi revelado, que não podemos carregar sozinhos a responsabilidade pelas atrocidades cometidas por Bolsonaro.
Bolsonaro foi eleito por um projeto de corrosão de nosso sistema jurídico, atrelado a um esquema de comunicação digital, com indícios crescentes de que ele foi financiado de forma ilícita, que tiveram em Steve Bannon e nas Cambrigdes Analyticas sua porta de entrada para a manipulação de nossas eleições. Parte de nosso sistema jurídico e de nosso Ministério Público atuou desrespeitando a Constituição e agredindo o direito de defesa, o devido processo legal e princípios essenciais do Estado de Direito. Áudios e situações hoje revelados nos permitem entender a gravidade do que ocorreu.
Todas as ações dessa família perversa e de seus ministros terraplanistas sanitários servem, claramente, para atender não aos interesses do Brasil, mas aos seus verdadeiros chefes e patrocinadores, a quem sistematicamente obedecem e batem continência.
Querem ver nossas relações respeitosas, históricas e de parceria estratégica com a China e com o povo chinês destruídas. Não conseguirão! O povo brasileiro admira o povo chinês, como admira o povo norte-americano. Respeita seus governos e seus empresários honestos.
Mas, acreditamos também que é responsabilidade de todos os países entenderem que a prática desse grupo poderoso e organizado e financiado por bilionários, que atuam globalmente, está fragilizando as democracias e patrocinando lideranças de extrema direita, que então se tornam também nocivas para todo o mundo.
Neste pedido de desculpas, compartilhamos também essa ressalva. Nossa democracia foi invadida por um vírus que não conhecíamos: as técnicas avançadas de fake news e de manipulação eleitoral, patrocinadas por poderosos empresários desonestos, brasileiros e estrangeiros.
Por isso, além de desculpas, pedimos a compreensão e o apoio de todos, neste que é um momento dramático para o Brasil e para o mundo. Contra a insanidade deste presidente e de seu projeto de retrocesso e de destruição já estamos lutando.
Contamos com a compreensão de todo mundo, reiterando que o que aconteceu no Brasil deve ser um exemplo compartilhado e entendido por todos os países civilizados. Seguimos na luta pelos interesses legítimos e civilizados de nosso país e de nosso mundo. Afinal, nesta guerra, que é uma guerra civilizatória, deveríamos estar todos do mesmo lado.
Um fraterno abraço do civilizado povo brasileiro.
Aloizio Mercadante é economista, ex-senador (PT-SP), ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo.