EDUCAÇÃO
 
O Ministério da Educação não tem recursos para pagar, neste mês de dezembro, os 14 mil médicos residentes de hospitais federais e outros cerca de 100 mil bolsistas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). O problema é decorrente de bloqueio orçamentário feito pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) na última semana, que praticamente zerou o caixa da pasta.


A informação foi repassada na segunda-feira (5) na primeira reunião entre o atual ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, e a equipe responsável pela transição de governo. De acordo com o coordenador do grupo de educação de transição, Henrique Paim, o próprio ministro se mostrou preocupado com a situação. De acordo com Paim, a "maior preocupação é o não ter como pagar os serviços já executados para o MEC, para as universidades, para o Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira]".


Há atualmente 14 mil médicos residentes que atuam em hospitais universitários federais a um custo de R$ 65 milhões. Na Capes, são 100 mil bolsistas em mestrado, doutorado e pós doutorado no Brasil e no exterior e outros 60 mil em bolsas de formação de professores. As bolsas são concedidas como incentivo a pesquisas em diferentes áreas.