O MDB e o DEM, do presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre, deixaram o bloco do Centrão liderado por Arthur Lira (PP-AL). Com a saída dos dois partidos, o maior bloco parlamentar passa de 221 deputados na Câmara para 158, mas continua sendo a maior bancada uma vez que a legenda da Câmara é o PT, com 53 deputados.

O Centrão é um bloco sem definição ideológica que vem se aproximando do governo de Jair Bolsonaro. Nisto inclui-se também os dois partidos que racharam. Lira, líder do bloco, era visto como um possível sucessor de Rodrigo Maia na Presidência da Câmara. Outro nome possível para o cargo é Baleia Rossi, do MDB de São Paulo, que abandonou com o DEM a coligação.

Porém, segundo o líder do DEM, deputado Efraim Filho, não tem relação com a sucessão de Maia. “Foi questão regimental mesmo, posicionamento de bancada quanto a requerimentos, destaques, reposicionar a autonomia da bancada”, declarou ao Poder360. “Sucessão de Maia, só vamos tratar após eleições municipais, a partir de dezembro”, reforçou. 


Ele ainda destacou que “foi um ato conjunto [com o MDB], mas não vamos formar novo bloco. Cada 1 segue seu rumo”. 

A mais nova divergência do MDB com o Centrão foi a votação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), uma vez que Lira foi visto como um representante do governo de Jair Bolsonaro para atrasar a votação da proposta. O novo fundo prevê uma elevação da parcela da União dos atuais 10% para 23% em seis anos.