array(31) {
["id"]=>
int(156959)
["title"]=>
string(37) "Marta diz a Lula topar vice de Boulos"
["content"]=>
string(9153) "BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy indicou ao presidente Lula (PT) que aceita ser vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo e será demitida nesta terça (9) pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).
A entrada de Marta na campanha de Boulos dependia de uma conversa dela com Nunes, e a ex-prefeita é esperada na prefeitura às 17h.
Marta é secretária de Relações Internacionais de São Paulo e se encontrou nesta segunda-feira (8) com Lula no Palácio do Planalto, ocasião em que o presidente formalizou o pedido para que ela retorne ao PT e seja vice na chapa de Boulos.
Segundo aliados, Nunes ficou contrariado por ter sabido pela imprensa do encontro de Marta com Lula, tomou a iniciativa para marcar uma conversa com ela e fez a carta de demissão. A ex-prefeita não atendeu emissários de Nunes que ligaram para ela, mas eles conseguiram contato com o marido dela.
Auxiliares do prefeito dizem que a situação tem que ser resolvida nesta terça e que Nunes ficou magoado. Para eles, está nítido que o emedebista foi traído pela secretária.
A expectativa é que Marta se encontre com Boulos ainda nesta semana, provavelmente na quinta-feira (11). Ela também deverá se manifestar sobre sua decisão nesta semana.
A possibilidade de que Marta voltasse ao PT para ser vice de Boulos foi revelada pela Folha de S.Paulo em novembro. Nesta terça, o G1 noticiou que ela disse a Lula aceitar o convite, indicação confirmada pela reportagem com aliados do presidente.
A secretária sinalizou na conversa com Lula que antes de qualquer anúncio quer conversar com Nunes e informar sua saída. Ela foi aconselhada a resolver a situação ainda durante suas férias, que começaram em meio às negociações para retornar ao antigo partido e terminam no dia 14. De acordo com petistas, há a preocupação de que sua saída da prefeitura ocorra sem turbulência.
A informação na cúpula do PT em São Paulo é que a operação de retorno de Marta será concluída em breve -ou, nas palavras de um dirigente, está 99% fechada. Quem acompanha as conversas diz que Marta será a vice de Boulos e não há espaço para reviravoltas.
A pré-campanha de Boulos, oficialmente, diz que não está envolvida nas tratativas e reitera que, pelo acordo costurado com a legenda de Lula, a vice será oferecida ao PT. Boulos reforçou nas últimas semanas elogios à gestão da ex-prefeita, com quem nunca teve uma relação de proximidade. Aliados consideram positiva a dobradinha e avaliam que ela fortalecerá a chapa encabeçada pelo psolista.
Na segunda, a ex-prefeita chegou a posar para fotos ao lado do presidente e, depois, participou no Salão Negro do Congresso do ato Democracia Inabalada, gestado por Lula para marcar um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
De acordo com pessoas que obtiveram relatos da conversa de Marta com Lula, ficou implícito o fato de que, caso confirme o ingresso na chapa de Boulos,
Marta não fará ataques à atual gestão, até por participar dela até o momento.
Isso ficará a cargo do candidato do PSOL. Ela direcionará seu foco para elencar feitos de sua gestão na cidade, de 2001 a 2004.
Além disso, Marta tem bom trânsito em setores de centro e de direita, o que representará um ativo para Boulos.
As costuras têm sido intermediadas pelo deputado federal Rui Falcão (SP), ex-presidente do PT. A intenção é fazer um ato festivo para a filiação de Marta, com a presença de Lula e Boulos.
A intenção é passar uma borracha em mágoas do passado e entusiasmar a militância a acolhê-la mesmo após o traumático rompimento, que incluiu voto da então senadora pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Segundo interlocutores da ex-prefeita, um vídeo divulgado no fim de dezembro em que Nunes diz querer o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu a oportunidade para que ela, que sempre fez oposição ao bolsonarismo, abandonasse o emedebista.
Além disso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou, também no fim de dezembro, que seu partido e o ex-presidente estarão na campanha de Nunes -ficou acertado que Bolsonaro definiria o nome do vice.
Questionado pela Folha de S.Paulo sobre a saída de Marta, Nunes afirmou mais cedo que não via um fato novo que justifique a mudança da ex-prefeita.
"Não tem um fato novo, eu sempre falei de forma transparente do apoio do ex-presidente. Isso foi amadurecendo. Não é algo que apareceu agora, já é público para todo mundo", disse Nunes nesta terça-feira, enumerando seus encontros com Bolsonaro ao longo do ano passado. "Temos uma relação muito boa, de amizade. A Marta é minha conselheira."
A ex-prefeita foi um dos principais nomes do PT, tendo sido eleita para a prefeitura em 2000. Ela acabou sendo derrotada por José Serra (PSDB) na tentativa de se reeleger, em 2004. Disputou o comando da capital paulista outras duas vezes, em 2008 e 2016, mas não conseguiu voltar ao posto.
Após ter sido ministra do Turismo no segundo mandato de Lula na Presidência, se eleger para o Senado em 2010 e ser ministra da Cultura do primeiro mandato de Dilma, Marta rompeu com o PT e deixou a sigla em 2015. No ano seguinte, 2016, votou a favor do impeachment da petista.
Marta passou pelo MDB e Solidariedade e está, atualmente, sem partido. Ela chegou à Secretaria Municipal de Relações Internacionais depois de se engajar na campanha de Bruno Covas (PSDB) em 2020.
A ex-prefeita se reaproximou de Lula e do PT a partir de 2019 e, na campanha de 2022 chegou a ser cogitada para a vice do na chapa presidencial do petista, antes da bem-sucedida articulação com Alckmin. No segundo turno, atuou para consumação do apoio de Simone Tebet a Lula.
"
["author"]=>
string(6) "Minas1"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(611308)
["filename"]=>
string(16) "martasuplicy.jpg"
["size"]=>
string(6) "525853"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(19) "mmarquivo/eeesport/"
}
["image_caption"]=>
string(32) "© Pedro França/Agência Senado"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(0) ""
["author_slug"]=>
string(6) "minas1"
["views"]=>
int(67)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(37) "marta-diz-a-lula-topar-vice-de-boulos"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-01-09 20:19:23.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-01-09 20:19:23.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2024-01-09T20:20:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(35) "mmarquivo/eeesport/martasuplicy.jpg"
}
BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy indicou ao presidente Lula (PT) que aceita ser vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo e será demitida nesta terça (9) pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).
A entrada de Marta na campanha de Boulos dependia de uma conversa dela com Nunes, e a ex-prefeita é esperada na prefeitura às 17h.
Marta é secretária de Relações Internacionais de São Paulo e se encontrou nesta segunda-feira (8) com Lula no Palácio do Planalto, ocasião em que o presidente formalizou o pedido para que ela retorne ao PT e seja vice na chapa de Boulos.
Segundo aliados, Nunes ficou contrariado por ter sabido pela imprensa do encontro de Marta com Lula, tomou a iniciativa para marcar uma conversa com ela e fez a carta de demissão. A ex-prefeita não atendeu emissários de Nunes que ligaram para ela, mas eles conseguiram contato com o marido dela.
Auxiliares do prefeito dizem que a situação tem que ser resolvida nesta terça e que Nunes ficou magoado. Para eles, está nítido que o emedebista foi traído pela secretária.
A expectativa é que Marta se encontre com Boulos ainda nesta semana, provavelmente na quinta-feira (11). Ela também deverá se manifestar sobre sua decisão nesta semana.
A possibilidade de que Marta voltasse ao PT para ser vice de Boulos foi revelada pela Folha de S.Paulo em novembro. Nesta terça, o G1 noticiou que ela disse a Lula aceitar o convite, indicação confirmada pela reportagem com aliados do presidente.
A secretária sinalizou na conversa com Lula que antes de qualquer anúncio quer conversar com Nunes e informar sua saída. Ela foi aconselhada a resolver a situação ainda durante suas férias, que começaram em meio às negociações para retornar ao antigo partido e terminam no dia 14. De acordo com petistas, há a preocupação de que sua saída da prefeitura ocorra sem turbulência.
A informação na cúpula do PT em São Paulo é que a operação de retorno de Marta será concluída em breve -ou, nas palavras de um dirigente, está 99% fechada. Quem acompanha as conversas diz que Marta será a vice de Boulos e não há espaço para reviravoltas.
A pré-campanha de Boulos, oficialmente, diz que não está envolvida nas tratativas e reitera que, pelo acordo costurado com a legenda de Lula, a vice será oferecida ao PT. Boulos reforçou nas últimas semanas elogios à gestão da ex-prefeita, com quem nunca teve uma relação de proximidade. Aliados consideram positiva a dobradinha e avaliam que ela fortalecerá a chapa encabeçada pelo psolista.
Na segunda, a ex-prefeita chegou a posar para fotos ao lado do presidente e, depois, participou no Salão Negro do Congresso do ato Democracia Inabalada, gestado por Lula para marcar um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
De acordo com pessoas que obtiveram relatos da conversa de Marta com Lula, ficou implícito o fato de que, caso confirme o ingresso na chapa de Boulos,
Marta não fará ataques à atual gestão, até por participar dela até o momento.
Isso ficará a cargo do candidato do PSOL. Ela direcionará seu foco para elencar feitos de sua gestão na cidade, de 2001 a 2004.
Além disso, Marta tem bom trânsito em setores de centro e de direita, o que representará um ativo para Boulos.
As costuras têm sido intermediadas pelo deputado federal Rui Falcão (SP), ex-presidente do PT. A intenção é fazer um ato festivo para a filiação de Marta, com a presença de Lula e Boulos.
A intenção é passar uma borracha em mágoas do passado e entusiasmar a militância a acolhê-la mesmo após o traumático rompimento, que incluiu voto da então senadora pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Segundo interlocutores da ex-prefeita, um vídeo divulgado no fim de dezembro em que Nunes diz querer o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu a oportunidade para que ela, que sempre fez oposição ao bolsonarismo, abandonasse o emedebista.
Além disso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou, também no fim de dezembro, que seu partido e o ex-presidente estarão na campanha de Nunes -ficou acertado que Bolsonaro definiria o nome do vice.
Questionado pela Folha de S.Paulo sobre a saída de Marta, Nunes afirmou mais cedo que não via um fato novo que justifique a mudança da ex-prefeita.
"Não tem um fato novo, eu sempre falei de forma transparente do apoio do ex-presidente. Isso foi amadurecendo. Não é algo que apareceu agora, já é público para todo mundo", disse Nunes nesta terça-feira, enumerando seus encontros com Bolsonaro ao longo do ano passado. "Temos uma relação muito boa, de amizade. A Marta é minha conselheira."
A ex-prefeita foi um dos principais nomes do PT, tendo sido eleita para a prefeitura em 2000. Ela acabou sendo derrotada por José Serra (PSDB) na tentativa de se reeleger, em 2004. Disputou o comando da capital paulista outras duas vezes, em 2008 e 2016, mas não conseguiu voltar ao posto.
Após ter sido ministra do Turismo no segundo mandato de Lula na Presidência, se eleger para o Senado em 2010 e ser ministra da Cultura do primeiro mandato de Dilma, Marta rompeu com o PT e deixou a sigla em 2015. No ano seguinte, 2016, votou a favor do impeachment da petista.
Marta passou pelo MDB e Solidariedade e está, atualmente, sem partido. Ela chegou à Secretaria Municipal de Relações Internacionais depois de se engajar na campanha de Bruno Covas (PSDB) em 2020.
A ex-prefeita se reaproximou de Lula e do PT a partir de 2019 e, na campanha de 2022 chegou a ser cogitada para a vice do na chapa presidencial do petista, antes da bem-sucedida articulação com Alckmin. No segundo turno, atuou para consumação do apoio de Simone Tebet a Lula.