O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello enviou na última sexta-feira (23) para análise da PGR (Procuradoria-Geral da República) os R$ 89 mil depositados pelo policial militar Fabrício Queiroz e por sua mulher, Márcia Aguiar na conta de Michelle Bolsonaro, entre 2011 e 2016. A informação é da jornalista Juliana Dal Piva, no portal UOL. 

Nos dados financeiros da quebra de sigilo bancário e fiscal de Queiroz, foi descoberto que ele depositou um total de R$ 72 mil em 21 cheques. Já Márcia Aguiar repassou R$ 17 mil para Michelle Bolsonaro de janeiro a junho de 2011. 

Um conjunto menor de cheques para a primeira-dama, no total de R$ 24 mil, já tinha sido identificado em 2018 no relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Bolsonaro, à época, se defendeu e admitiu que fez um empréstimo para Queiroz. 


Relembre o caso

Após a quebra de sigilo de Queiroz autorizada pela Justiça, autoridades verificaram que o ex-assessor recebeu R$ 6,2 milhões em suas contas entre 2007 e 2018. Do total, R$ 1,6 milhão seriam salários recebidos como PM e como assessor na Alerj, onde era funcionário de Flávio Bolsonaro. Outros R$ 2 milhões teriam vindo de 483 depósitos de servidores do gabinete do parlamentar, o que indicaria o esquema de rachadinha. Outros R$ 900 mil foram depositados em dinheiro, sem identificação do depositante.


Após serem presos em junho de 2020, Queiroz e sua mulher conseguiram no STJ (Superior Tribunal de Justiça) o fim da prisão domiciliar no dia 16 de março.