O médico cardiologista Marcelo Queiroga aceitou o convite para assumir o ministério da Saúde na noite desta segunda-feira (15). Ele vai substituir o general de divisão Eduardo Pazuello, que teve a saída definida no último fim de semana, neste que é o pior momento da pandemia no país, com quase 280 mil mortes.


Queiroga, que tem perfil técnico e é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) se encontrou hoje com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A reunião durou cerca de três horas. O médico passou a ser o mais cotado para assumir a vaga de Pazuello após a também cardiologista Ludhmila Hajjar recusar o convite para assumir a pasta alegando discordâncias com o Planalto, especialmente no que diz respeito ao lockdown e tratamento precoce.

Queiroga, por sua vez, também já teceu críticas ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada, como a cloroquina – defendida pelo governo –, e é a favor do isolamento social como medida para evitar a propagação do novo coronavírus. Além disso, Queiroga integrou a equipe de transição do governo de Michel Temer (MDB) para o de Jair Bolsonaro em 2018.

Nascido em João Pessoa, Marcelo Queiroga é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Formou-se em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba. Concluiu a residência em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro. Tem especialização em cardiologia, com área de atuação em hemodinâmica e cardiologia intervencionista.

Além de Queiroga, o médico cardiologista José Antonio Franchini Ramires e o deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ) também estavam na lista de cotados para o cargo de ministro da Saúde. Este será o quarto ministro da Saúde no governo Bolsonaro desde o início da pandemia. Antes dele, ocuparam o cargo Nelson Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello.