O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse, nesta segunda-feira (9/03), durante um encontro promovido pelo Movimento Todos Pela Educação, que evitaria criticar o ministro da Educação Abraham Weintraub, porque, se o fizesse, o risco de ele permanecer no cargo seria maior.


"Infelizmente o debate com o governo não é do tamanho que gostaríamos, independentemente de gostarmos ou não do ministro", disse. "Prometi que não falaria mal dele, senão ele não cai de jeito nenhum."


A relação de Weintraub e Rodrigo Maia foi minada algumas vezes. Maia já havia feito outras críticas a ele, a quem classificou como um desastre. 


A possibilidade de uma saída do ministro Weintraub do Ministério da Educação (MEC) já foi dada como certa por alguns aliados do governo Bolsonaro, mas o presidente garantiu a permanência. 


Maia compareceu no evento para falar sobre o papel do parlamento nas pautas relacionadas à educação, sobretudo acerca do Fundeb, mecanismo de financiamento da educação básica que vence este ano.


A renovação do Fundeb está na pauta da Câmara e a previsão é de que o processo de votação na comissão especial comece nesta terça-feira (10/03). É consenso entre parlamentares que o MEC não participou dos debates de forma adequada.


O fundo reúne parcelas de impostos e recebe uma complementação da União para estados e respectivos municípios que não atingem o valor mínimo a ser gasto por aluno definido a cada ano. O complemento federal atual é de 10% —cerca de R$ 15 bilhões no ano.
 
*A estagiária está sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.