O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não é do "feitio" do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), extrapolar em suas decisões. A declaração foi dada como resposta ao questionamento sobre a decisão do magistrado que determinou à revista Crusoé e ao site O Antagonista que retirassem do ar imediatamente a reportagem intitulada "Amigo do amigo de meu pai", que cita o presidente da Corte, Dias Toffoli.

 
A revista repudiou a decisão e denunciou o caso como censura. Moraes impôs ainda uma multa diária de R$ 100 mil em caso de desobediência. "Ele tomou a decisão baseado em informações concretas. Vai gerar sempre a polêmica, mas vamos esperar o desenrolar dos próximos dias para a gente ter clareza que há uma separação entre censura e fake news para que a gente possa também aguardar o andamento para que também a gente não se manifeste em relação a outro Poder sem todas as informações concretas", disse Maia. 
 
Em relação à ação - também de Moraes - que determinou buscas em relação ao general da reserva Paulo Chagas - candidato ao governo do Distrito Federal pelo PRP, Maia disse que estava sabendo do caso pela imprensa. "Eu preciso ter todas as informações para dar uma opinião, mas acho que é um inquérito buscando informações sobre ataques e ações indevidas a ministros do Supremo. Acho que a gente tem que aguardar. Certamente, vai ter alguma informação oficial da decisão daqui a algum tempo", disse.