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Nome do PT à Presidência da República em 2018 e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad foi escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser o pré-candidato do partido no pleito presidencial do ano que vem. No último dia 30 de janeiro, os dois se reuniram para tratar do assunto e Haddad foi avisado que, como deve demorar para o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar o processo que pode devolver a Lula seus direitos políticos, o PT precisa iniciar imediatamente a sua campanha pelo Palácio do Planalto.
A informação foi divulgada inicialmente pelo portal Brasil 247 e confirmada ao Correio pelo próprio Haddad. Segundo ele, o PT não pode ficar à mercê do julgamento da Suprema Corte. Haddad comentou que, caso o tribunal decida pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos processos que envolvem Lula, o que possibilitaria ao ex-presidente disputar o Executivo federal em 2022, o PT certamente apostará no ex-mandatário nas eleições do ano que vem. Contudo, ele destacou que, enquanto isso não acontecer, o partido precisa se movimentar, antes que seja muito tarde.
"Como não sabemos o que vai ser de nós daqui a um, dois, três meses, e nós não temos mais tempo, o Lula me pediu, no ultimo sábado, que eu não adiasse mais as minha andanças pelo país defendendo o nosso legado e as nossas ideias para 2022. Nós passamos a tarde juntos e ele falou: 'Haddad, não há mais tempo. Você tem que colocar o bloco na rua. Eu sei que você respeita a minha situação e o quanto você tem lutado pela restituição dos meus direitos, mas nós não podemos ficar na dependência. Nós temos que sair para conversar com o povo, conversar com nossa gente'", disse Haddad ao Brasil 247.
Ele disse esperar que o STF restabeleça os direitos políticos de Lula. "Obviamente, não sou capaz de prever o que será feito, mas o que deve ser feito é isso. E isso sendo feito, o Lula é candidato. Se isso não for feito ou for feito parcialmente, a nossa luta vai permanecer. Obviamente que o presidente Lula, assim que recuperar os seus direitos políticos, abre-se uma discussão que pretenderá, na minha opinião, reconduzi-lo à Presidência da República. Isso, para mim, é líquido e certo. Nós vamos trabalhar por isso", afirmou.
"Não sei qual vai ser a decisão que o Supremo vai tomar. Espero que seja a mais abrangente, anulando os atos do juiz Moro onde quer que Lula tenha sido parte. Essa é a minha visão do que deve ser feito. Aconteça o que acontecer com o julgamento, nós vamos continuar trabalhando a tese de que nós não estamos fazendo isso por cálculo eleitoral. Nós estamos fazendo por isso para a dignidade do maior presidente da história desse pais. Não vamos abdicar dessa luta", acrescentou Haddad.
O ex-prefeito de São Paulo opinou que deve haver uma unidade da oposição para derrotar o presidente Jair Bolsonaro no ano que vem. "Acho que a gente tem que construir a unidade do segundo para o primeiro turno. A gente está sempre habituado a construir unidade do primeiro para o segundo. Eu acho que o bolsonarismo exige um compromisso de toda oposição em derrotar esse projeto. Então, nós temos que construir uma unidade de segundo turno. Quem for o democrata que vai ao segundo turno vai contar com o apoio para derrotar o bolsonarismo, que é uma ameaça civilizatória ao país", analisou.
Ainda segundo Haddad, por mais que haja mais de um candidato que se oponha a Bolsonaro em 2022, o que não pode acontecer é a oposição se alinhar ao atual presidente do Brasil no segundo turno. Nesse sentido, ele defende que haja um diálogo prévio entre os partidos de esquerda e centro-esquerda, o que ele definiu como "as forças da democracia", para que seja possível "preservar as instituições do país".
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Nome do PT à Presidência da República em 2018 e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad foi escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser o pré-candidato do partido no pleito presidencial do ano que vem. No último dia 30 de janeiro, os dois se reuniram para tratar do assunto e Haddad foi avisado que, como deve demorar para o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar o processo que pode devolver a Lula seus direitos políticos, o PT precisa iniciar imediatamente a sua campanha pelo Palácio do Planalto.
A informação foi divulgada inicialmente pelo portal Brasil 247 e confirmada ao Correio pelo próprio Haddad. Segundo ele, o PT não pode ficar à mercê do julgamento da Suprema Corte. Haddad comentou que, caso o tribunal decida pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos processos que envolvem Lula, o que possibilitaria ao ex-presidente disputar o Executivo federal em 2022, o PT certamente apostará no ex-mandatário nas eleições do ano que vem. Contudo, ele destacou que, enquanto isso não acontecer, o partido precisa se movimentar, antes que seja muito tarde.
"Como não sabemos o que vai ser de nós daqui a um, dois, três meses, e nós não temos mais tempo, o Lula me pediu, no ultimo sábado, que eu não adiasse mais as minha andanças pelo país defendendo o nosso legado e as nossas ideias para 2022. Nós passamos a tarde juntos e ele falou: 'Haddad, não há mais tempo. Você tem que colocar o bloco na rua. Eu sei que você respeita a minha situação e o quanto você tem lutado pela restituição dos meus direitos, mas nós não podemos ficar na dependência. Nós temos que sair para conversar com o povo, conversar com nossa gente'", disse Haddad ao Brasil 247.
Ele disse esperar que o STF restabeleça os direitos políticos de Lula. "Obviamente, não sou capaz de prever o que será feito, mas o que deve ser feito é isso. E isso sendo feito, o Lula é candidato. Se isso não for feito ou for feito parcialmente, a nossa luta vai permanecer. Obviamente que o presidente Lula, assim que recuperar os seus direitos políticos, abre-se uma discussão que pretenderá, na minha opinião, reconduzi-lo à Presidência da República. Isso, para mim, é líquido e certo. Nós vamos trabalhar por isso", afirmou.
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O ex-prefeito de São Paulo opinou que deve haver uma unidade da oposição para derrotar o presidente Jair Bolsonaro no ano que vem. "Acho que a gente tem que construir a unidade do segundo para o primeiro turno. A gente está sempre habituado a construir unidade do primeiro para o segundo. Eu acho que o bolsonarismo exige um compromisso de toda oposição em derrotar esse projeto. Então, nós temos que construir uma unidade de segundo turno. Quem for o democrata que vai ao segundo turno vai contar com o apoio para derrotar o bolsonarismo, que é uma ameaça civilizatória ao país", analisou.
Ainda segundo Haddad, por mais que haja mais de um candidato que se oponha a Bolsonaro em 2022, o que não pode acontecer é a oposição se alinhar ao atual presidente do Brasil no segundo turno. Nesse sentido, ele defende que haja um diálogo prévio entre os partidos de esquerda e centro-esquerda, o que ele definiu como "as forças da democracia", para que seja possível "preservar as instituições do país".