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Durante discurso, o presidente Lula exaltou a parceria com a França no comércio de produtos relacionados a defesa. "Saímos ontem da Amazônia, em Belém, para tratar da Amazônia Azul. Desse estaleiro, vislumbramos a vastidão do espaço marítimo brasileiro. 95% do comércio exterior brasileiro transita pelo Atlântico Sul. Da Amazônia Azul retiramos 85% do petróleo, 75% do gás natural e 45% dos pescados produzidos no nosso país. A proteção desse patrimônio e a manutenção do Atlântico Sul como zona de paz e cooperação são vertentes centrais da política externa brasileira. Ao longo dos últimos 150 anos, esses objetivos nacionais se tornaram realidade, com apoio francês. Vários dos navios da Marinha foram construídos na França. Hoje, com o complexo instalado aqui, o Brasil se posiciona dentre o pequeno grupo de países que dominam a construção de submarinos. O Prosub é o maior e mais importante projeto de cooperação internacional em assunto de defesa do Brasil. Ele garante a soberania brasileira no nosso litoral, fortalece a indústria naval, com geração de emprego e renda, e promove o desenvolvimento do setor com muita inovação".
"A nossa cooperação em defesa não se limita à dimensão naval. Os helicópteros que o presidente Macron e eu usamos há pouco para chegar a Itaguaí são produzidos em Itajubá, Minas Gerais, única fábrica de helicópteros da América Latina. A continuidade de suas operações e possível expansão para aeronaves de uso civil estão em nível com a política brasileira de neoindustrialização. O presidente Macron e eu concordamos em ampliar esse esforço com a criação do Comitê Bilateral de Armamentos, com foco no desenvolvimento de sinergias e em promover maior equilíbrio no nosso comércio de produtos de defesa. No campo espacial, o satélite geoestacionário construído em Nice, em 2017, tem assegurado a independência e soberania nas comunicações de defesa e envolveu amplo processo de absorção e transferência de tecnologia", complementou.
O presidente ainda salientou que o reforço do Brasil na área de defesa não visa promover guerras, e sim garantir que o país seja soberano e que a região em que se encontra siga como uma 'zona de paz'. "[Macron] Volte para a França e diga aos franceses que o Brasil está querendo os conhecimentos da tecnologia nuclear não para fazer guerra. Queremos ter o conhecimento para garantir a todos os países que querem paz, que saibam que o Brasil estará ao lado de todos, porque a guerra não constrói, a guerra destrói. O que constrói é desenvolvimento, é conhecimento científico, tecnológico e é nessa área que nós queremos fortalecer a nossa parceria com o povo francês".
Fonte:Brasil247
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Durante discurso, o presidente Lula exaltou a parceria com a França no comércio de produtos relacionados a defesa. "Saímos ontem da Amazônia, em Belém, para tratar da Amazônia Azul. Desse estaleiro, vislumbramos a vastidão do espaço marítimo brasileiro. 95% do comércio exterior brasileiro transita pelo Atlântico Sul. Da Amazônia Azul retiramos 85% do petróleo, 75% do gás natural e 45% dos pescados produzidos no nosso país. A proteção desse patrimônio e a manutenção do Atlântico Sul como zona de paz e cooperação são vertentes centrais da política externa brasileira. Ao longo dos últimos 150 anos, esses objetivos nacionais se tornaram realidade, com apoio francês. Vários dos navios da Marinha foram construídos na França. Hoje, com o complexo instalado aqui, o Brasil se posiciona dentre o pequeno grupo de países que dominam a construção de submarinos. O Prosub é o maior e mais importante projeto de cooperação internacional em assunto de defesa do Brasil. Ele garante a soberania brasileira no nosso litoral, fortalece a indústria naval, com geração de emprego e renda, e promove o desenvolvimento do setor com muita inovação".
"A nossa cooperação em defesa não se limita à dimensão naval. Os helicópteros que o presidente Macron e eu usamos há pouco para chegar a Itaguaí são produzidos em Itajubá, Minas Gerais, única fábrica de helicópteros da América Latina. A continuidade de suas operações e possível expansão para aeronaves de uso civil estão em nível com a política brasileira de neoindustrialização. O presidente Macron e eu concordamos em ampliar esse esforço com a criação do Comitê Bilateral de Armamentos, com foco no desenvolvimento de sinergias e em promover maior equilíbrio no nosso comércio de produtos de defesa. No campo espacial, o satélite geoestacionário construído em Nice, em 2017, tem assegurado a independência e soberania nas comunicações de defesa e envolveu amplo processo de absorção e transferência de tecnologia", complementou.
O presidente ainda salientou que o reforço do Brasil na área de defesa não visa promover guerras, e sim garantir que o país seja soberano e que a região em que se encontra siga como uma 'zona de paz'. "[Macron] Volte para a França e diga aos franceses que o Brasil está querendo os conhecimentos da tecnologia nuclear não para fazer guerra. Queremos ter o conhecimento para garantir a todos os países que querem paz, que saibam que o Brasil estará ao lado de todos, porque a guerra não constrói, a guerra destrói. O que constrói é desenvolvimento, é conhecimento científico, tecnológico e é nessa área que nós queremos fortalecer a nossa parceria com o povo francês".
Fonte:Brasil247