O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nsta terça-feira (21), que as enchentes que assolam o Rio Grande do Sul há mais de três semanas “mudaram o paradigma” de como o governo federal irá lidar com tragédias ambientais desse tipo.

“Mudou o paradigma do tratamento dos desastres climáticos neste país. O que nós fizemos para o Rio Grande do Sul, não é só para o RS. Qualquer crise climática que tiver em algum estado, nós estamos obrigados a fazer igual ou melhor”, afirmou Lula.

Entre aplausos e vaias dos prefeitos, ele discursou na abertura da 25ª edição da Marcha dos prefeitos, em Brasília, ao lado dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também compareceu.

Lula também afirmou que após as águas do rio Guaíba e da Lagoa dos Patos baixarem, irá retornar ao Rio Grande do Sul para conferir a situação das cidades. Desde o início da crise, ele já foi por três vezes ao estado, a última delas para anunciar medidas de auxílio, em São Leopoldo (RS).

“Quero dizer aos prefeitos gaúchos que quero voltar ao Rio Grande do Sul e visitar as cidades depois que a água for embora para ver o tamanho do estrago. E vou repetir uma frase que disse muitas vezes na televisão: não faltará ajuda do governo ao estado do RS. Vocês sabem a quantidade de coisas que nós já fizemos”, declarou.

No evento, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, disse que a associação elaborou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria o cargo de Autoridade Climática Nacional e institui o Fundo Nacional de Mudança Climática.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, também comentou o cenário no Rio Grande do Sul. “É preciso agir com urgência, pois os alertas de que novas catástrofes podem ocorrer vêm sendo feitos por especialistas”, disse o deputado.