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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou ter sido pego de surpresa com os atos de terrorismo praticados por bolsonaristas no último domingo (8) que terminou na depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
Ele disse não ter previsto o que estava para acontecer e que tinha sido avisado sobre o esvaziamento do acampamento montado em frente ao QG do Exército. As declarações foram dadas em um café da manhã convocado por Lula com jornalistas na manhã desta quinta-feira (12), em Brasília (DF).
"Eu não previa que aquilo que fosse acontecer. O que me mostravam é que os acampamentos estavam vazios", afirmou. No momento do vandalismo, Lula cumpria agenda em Araraquara (SP).
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O mandatário declarou que quer ver "todas as fitas" que mostram imagens do ato de terrorismo para tentar identificar responsáveis pela destruição. "Muita gente foi conivente. Gente da PM foi conivente, gente do Exército, gente daqui", apontou, se referindo por último ao Palácio do Planalto.
O presidente contou ter se reunido com os comandantes das Forças Armadas e os chefes do Ministério da Defesa e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e dito que "por muito menos, várias pessoas foram pessoas e torturadas na década de 60 e 70". A citação foi ao período da ditadura militar.
"Essas pessoas protestaram não contra uma ditadura, mas contra a democracia. E isso gerou um alerta muito, muito grande.
O bolsonarismo está aí. O bolsonarismo fanático está aí. Eles se dão ao direito de xingar todos", acusou.
Questionado sobre a relação com as Forças Armadas, Lula declarou, sem mencionar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, que “ele poluiu” as as instituições militares e agiu como se elas fossem suas. Por fim, endossou que vai conversar com todos os comandantes e reiterar que quer uma relação bem civilizada com os militares. Em seguida, lembrou que, nos acampamentos de frente aos quartéis, havia mulheres e filhas de generais pedindo “golpe”.
“O papel das Forças Armadas está definido na Constituição e é aquilo que está lá que que eu quero que eles façam bem feito. Eu quero uma relação civilizada (com as Forças Armadas”, disse.
Um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) não foi pensado em "hora alguma", garantiu Lula, acrescentando que não irá perseguir adeptos da Operação Lava Jato, que baseou sua prisão, mas que irá "tirar todos os bolsonaristas do Palácio do Planalto". O presidente defendeu o ministro da Defesa, José Múcio Monteira, alvo de críticas pela atuação das Forças Armadas no ato de terrorismo.
“Eu confio no José Múcio. Tenho plena confiança e ele vai continuar sendo meu ministro. O que vocês estão falando (sobre a saída dele) é pura especulação. Se eu tiver que tirar cada vez um ministro que cometer um erro, imagina só?”, afirmou.
Lula citou, ainda, o ataque feito ao advogado dele, Cristiano Zanin, ameaçado e ofendido no Aeroporto de Brasília na quarta-feira (11). "Essas pessoas têm que ser presas. Elas não têm o direito de sair xingando e ofendendo os outros dessa maneira", frisou.
O presidente da República fez duras críticas ao dizer que “fica irritado porque o Mercado Financeiro não tem coração”, e que tudo aquilo que o Estado faz é visto como “gasto”. “Nunca vi a Febraban usar parte dos juros dela para ajudar o Padre Júlio Lancelloti” (a combater a fome e ajudar os moradores de rua”. Por fim, declarou que o salário da diretoria da Eletrobras é da ordem de R$300 mil por mês, mas que isso não é criticado. “Quando a empresa era pública, não era assim”.
'Única coisa que eu não queria era que Bolsonaro me passasse a faixa', diz Lula
Lula ainda disparou críticas ao seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem acusa diretamente de ter responsabilidade sobre os atos de terrorismo. O presidente disse que "até hoje o cidadão não reconheceu a derrota" nas urnas. "Bolsonaro usou R$ 300 bilhões para tentar ganhar as eleições. Usou tudo o que pôde usar. Usou as Forças Armadas, as polícias de todos os estados, a Polícia Federal", disse.
O presidente também declarou a confiança no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em Moraes, presidente da Corte desde as eleições. "Quero dizer a minha admiração pela Justiça Eleitoral e pelo Alexandre de Moraes. É a eleição mais importante que o país já teve. Até mesmo que a de 89", afirmou, citando a primeira eleição direta depois do regime militar.
O mandatário relacionou como a beleza da posse presidencial o momento em que recebeu a faixa presidencial de populares durante sua posse, em 1º de janeiro, quebrando uma tradição de troca de governos. Antes de terminar seu mandato, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos e não cumpriu o rito de passar a faixa para seu sucessor. "A única coisa que eu não queria era o Bolsonaro me passando a faixa", frisou.
Lula declarou que não vai agir de modo a perseguir Jair Bolsonaro, ainda assim, o chamou de “genocida” várias vezes. Em relação aos seus apoiadores, declarou. “Nós vamos ser muito duros contra fábrica de fake news”.
O petista voltou a criticar os sigilos impostos pelo ex-mandatário da República. Em relação ao cartão de vacinação de Bolsonaro, se ele tomou ou não a vacina de Covid-19, criticou. “Chegamos no Palácio do Alvorada e tinha dois tubos de oxigênio, pra quê isso? Por que escondeu?”. Na sequência, a primeira-dama Janja da Silva comenta no seu ouvido. “Mas faltou (cilindros de oxigênio) para a Manaus”.
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"Eu não previa que aquilo que fosse acontecer. O que me mostravam é que os acampamentos estavam vazios", afirmou. No momento do vandalismo, Lula cumpria agenda em Araraquara (SP).
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O mandatário declarou que quer ver "todas as fitas" que mostram imagens do ato de terrorismo para tentar identificar responsáveis pela destruição. "Muita gente foi conivente. Gente da PM foi conivente, gente do Exército, gente daqui", apontou, se referindo por último ao Palácio do Planalto.
O presidente contou ter se reunido com os comandantes das Forças Armadas e os chefes do Ministério da Defesa e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e dito que "por muito menos, várias pessoas foram pessoas e torturadas na década de 60 e 70". A citação foi ao período da ditadura militar.
"Essas pessoas protestaram não contra uma ditadura, mas contra a democracia. E isso gerou um alerta muito, muito grande.
O bolsonarismo está aí. O bolsonarismo fanático está aí. Eles se dão ao direito de xingar todos", acusou.
Questionado sobre a relação com as Forças Armadas, Lula declarou, sem mencionar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, que “ele poluiu” as as instituições militares e agiu como se elas fossem suas. Por fim, endossou que vai conversar com todos os comandantes e reiterar que quer uma relação bem civilizada com os militares. Em seguida, lembrou que, nos acampamentos de frente aos quartéis, havia mulheres e filhas de generais pedindo “golpe”.
“O papel das Forças Armadas está definido na Constituição e é aquilo que está lá que que eu quero que eles façam bem feito. Eu quero uma relação civilizada (com as Forças Armadas”, disse.
Um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) não foi pensado em "hora alguma", garantiu Lula, acrescentando que não irá perseguir adeptos da Operação Lava Jato, que baseou sua prisão, mas que irá "tirar todos os bolsonaristas do Palácio do Planalto". O presidente defendeu o ministro da Defesa, José Múcio Monteira, alvo de críticas pela atuação das Forças Armadas no ato de terrorismo.
“Eu confio no José Múcio. Tenho plena confiança e ele vai continuar sendo meu ministro. O que vocês estão falando (sobre a saída dele) é pura especulação. Se eu tiver que tirar cada vez um ministro que cometer um erro, imagina só?”, afirmou.
Lula citou, ainda, o ataque feito ao advogado dele, Cristiano Zanin, ameaçado e ofendido no Aeroporto de Brasília na quarta-feira (11). "Essas pessoas têm que ser presas. Elas não têm o direito de sair xingando e ofendendo os outros dessa maneira", frisou.
O presidente da República fez duras críticas ao dizer que “fica irritado porque o Mercado Financeiro não tem coração”, e que tudo aquilo que o Estado faz é visto como “gasto”. “Nunca vi a Febraban usar parte dos juros dela para ajudar o Padre Júlio Lancelloti” (a combater a fome e ajudar os moradores de rua”. Por fim, declarou que o salário da diretoria da Eletrobras é da ordem de R$300 mil por mês, mas que isso não é criticado. “Quando a empresa era pública, não era assim”.
'Única coisa que eu não queria era que Bolsonaro me passasse a faixa', diz Lula
Lula ainda disparou críticas ao seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem acusa diretamente de ter responsabilidade sobre os atos de terrorismo. O presidente disse que "até hoje o cidadão não reconheceu a derrota" nas urnas. "Bolsonaro usou R$ 300 bilhões para tentar ganhar as eleições. Usou tudo o que pôde usar. Usou as Forças Armadas, as polícias de todos os estados, a Polícia Federal", disse.
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O petista voltou a criticar os sigilos impostos pelo ex-mandatário da República. Em relação ao cartão de vacinação de Bolsonaro, se ele tomou ou não a vacina de Covid-19, criticou. “Chegamos no Palácio do Alvorada e tinha dois tubos de oxigênio, pra quê isso? Por que escondeu?”. Na sequência, a primeira-dama Janja da Silva comenta no seu ouvido. “Mas faltou (cilindros de oxigênio) para a Manaus”.