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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (19) de cerimônia em comemoração ao Dia do Exército, celebrado hoje. O evento ocorreu em frente ao QG da Força, mesmo local onde manifestantes bolsonaristas acamparam em protesto após a vitória eleitoral do pestista em 2022, que levou aos atos do dia 8de janeiro de 2023.
A participação do presidente no evento é tradição e ele também marcou presença no ano passado. Além de Lula, participaram da comemoração o ministro da Defesa, José Múcio, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e os comandantes das Forças Armadas: general Tomás Paiva (Exército); almirante Marcos Sampaio Olsen (Marinha); e tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica).
Outras autoridades marcaram presença, como os senadores Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), líder do governo no Congresso, e Hamilton Mourão (Republicanos-RJ), general da reserva e ex-vice-presidente da República.
Comandante pede recursos
Em seu discurso, o comandante do Exército voltou a afirmar o compromisso das Forças com a ordem democrática, algo que tem feito desde que assumiu. Exército, Marinha e Aeronáutica sofreram tensões com o governo após investigações mostrarem a atuação de militares em suposta tentativa de golpe de Estado durante o governo Bolsonaro.
"Ao completar 376 anos de glória, a Força Terrestre reafirma o eterno compromisso com a nação brasileira em defesa da Pátria e dos mais caros ideais democráticos, mesmo com o sacrifício da própria vida", discursou o general. "Integramos uma instituição de Estado alicerçada na hierarquia e na disciplina, que se mantém coesa pelo culto a valores imutáveis", emendou.
Paiva também incluiu as questões orçamentárias, que estão em discussão após corte de R$ 280 milhões do orçamento da Defesa. Os comandantes das Forças e o ministro José Múcio foram ao Congresso Nacional nesta semana para defender o aumento do orçamento, inclusive pedindo a aprovação de um projeto de lei (PL) para aumentar o piso de gastos do setor, para algo próximo a 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, o valor representa 1,1% do PIB.
Para ele, é necessário ter "previsibilidade orçamentária" para projetos de Defesa, considerando o contexto de conflitos que vive o mundo.
Relação complicada
Lula não discursou. Ao chegar para o evento, ele foi recebido com vaias, mas também aplausos e palavras de apoio do público. O presidente tem uma relação complicada com os militares desde que assumiu, devido à aproximação da caserna com Bolsonaro e com os atos de 8 de janeiro, ampliadas após operações da Polícia Federal que miraram oficiais de alta patente.
O entendimento atual, porém, é que o diálogo melhorou após a orientação do petista para que os integrantes do governo não participassem de atos contra a ditadura militar, cujo golpe completou 60 anos no início deste mês.
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Comandante pede recursos
Em seu discurso, o comandante do Exército voltou a afirmar o compromisso das Forças com a ordem democrática, algo que tem feito desde que assumiu. Exército, Marinha e Aeronáutica sofreram tensões com o governo após investigações mostrarem a atuação de militares em suposta tentativa de golpe de Estado durante o governo Bolsonaro.
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Paiva também incluiu as questões orçamentárias, que estão em discussão após corte de R$ 280 milhões do orçamento da Defesa. Os comandantes das Forças e o ministro José Múcio foram ao Congresso Nacional nesta semana para defender o aumento do orçamento, inclusive pedindo a aprovação de um projeto de lei (PL) para aumentar o piso de gastos do setor, para algo próximo a 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, o valor representa 1,1% do PIB.
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