BANCO CENTRAL

BRASÍLIA — O líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), criticou o Comitê de Política Monetária (Copom) pela elevação da Selic para 15%. 

O aumento decidido nesta terça-feira (18) é o sétimo consecutivo, o quarto na gestão de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à direção do Banco Central (BC). Com o incremento de 0,25 ponto percentual, a Selic alcança seu maior patamar dos últimos 19 anos.

Lindbergh classificou o aumento como “indecente e proibitivo” em publicação nas redes sociais. “Falam muito de ajuste fiscal e da dívida pública. Mas o crescimento da dívida não vem dos programas sociais com saúde ou educação — vem do pagamento de juros”, escreveu. Ele não poupou o Banco Central de suas críticas. 

“O BC não pode ignorar o impacto fiscal de sua política monetária. Se dizem que a dívida preocupa tanto, por que a política de juros não considera o custo que ela própria impõe às contas públicas?”, questionou.

As menções, entretanto, se restringiram aí e são menos enfáticas que as antes dirigidas ao antecessor de Galípolo, Roberto Campos Neto, alçado ao cargo pelo à época presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Aumento da Selic

O Copom aumentou a Selic com posição unânime dos diretores na reunião desta quarta-feira (18). Na reunião anterior, em maio, o Banco Central indicou que havia possibilidade de interromper o ciclo de alta dos juros; mas, a opção dos diretores foi aumentá-la para conter a inflação. A perspectiva é que os aumentos sejam interrompidos a partir de agora, e a Selic permaneça nesses 15% pelo resto do ano.