Senadores ouvidos pelo Congresso em Foco acreditam que a reforma tributária não será aprovada este ano. "Acho que não há tempo hábil esse ano para resolver essa matéria", disse o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM). O partido tem a maior bancada da Casa Legislativa, com 12 senadores.
 
O vice-lider do DEM e senador próximo do presidente Jair Bolsonaro Marcos Rogério (RO) compartilha da opinião. "É mais difícil que a Previdência. Difícil os estados entrarem em consenso em um período tão curto de tempo", declarou.


Um dos vice-líderes do governo no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF), fez coro aos colegas e falou que provavelmente a reforma tributária só deve ser votada em 2020.

Na última reunião de governadores, na terça-feira (8), em Brasília, a reforma tributária foi discutida apenas de maneira lateral, com uma sugestão do governador Wellington Dias (PT-PI) de taxar jogos pela internet.

Estados produtores, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Espíritos Santo, costumam ser resistentes a redução de impostos estaduais prevista na unificação tributária.

No entanto há um consenso de que a reforma deve ser feita, o que esses estados exigem é uma compensação para reduzir a perda da receita com o fim desses impostos e um acerto no período de transição para as novas regras.