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Kalil foi além: denunciou, e vai ter que provar, provavelmente, que um vereador lá é funcionário da Federação Mineira de Futebol, onde ganha 20 mil reais para votar contra ele, por inspiração do deputado federal Marcelo Aro, com quem o prefeito rompeu há algum tempo. Kalil, aliás, se ofereceu para depor em duas CPIs que a Câmara abriu contra sua administração, ao invés de seus secretários.
A briga é feia. E vem numa hora ruim porque Kalil, preso à administração da capital e à pandemia, não pode estar correndo o interior do Estado, do que se aproveita seu eventual adversário, o governador Romeu Zema, para fazer o que Kalil não pode fazer, ainda que exista a promessa de que, em setembro, ele comece a fazer o que Zema vem fazendo. Isso porque segundo as últimas pesquisas Kalil vence Zema na região metropolitana de Belo Horizonte, mas perde no interior, exatamente porque o governador, montado agora no acordo da Vale, tem quase 11 bilhões para gastar em obras na capital e no interior, mesmo com a mordida que o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus, deu nele, aprovando, no legislativo estadual, uma verba de bilhão e meio para distribuir a todos os municípios de Minas, sobretudo às pessoas mais carentes e que não estavam contempladas no acordo da Vale.
De qualquer forma, essa briga com a Câmara fragiliza o prefeito de Belo Horizonte, se bem que, a tanto tempo das eleições, ele pode ainda ganhar mais fôlego para sua campanha, sem falar no que o PSD, com tantos nomes de peso, pode ainda ajudá-lo, entre eles o ex-governador Antônio Anastasia, ou muito provavelmente o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que é do Democratas, mas que deverá estar também na campanha com Kalil.
De toda forma, essa oposição, fomentada ou não pelo deputado Marcelo Aro, é ruim para Kalil que, no mínimo, terá que trabalhar dobrado para enfrentar o governador Romeu Zema que não tem parado em Belo Horizonte, percorrendo ora o interior ora em Brasília e ainda recentemente no Espírito Santo para tentar com o governador de lá, Renato Casagrande, uma outra mordida na Vale, por conta agora da tragédia de Mariana, em cinco de novembro de 2015, uma pena, no entanto, por que só agora, na véspera da campanha, o governador mineiro fale em nova repactuação com a mineradora que praticamente quebrou Mariana e depois matou, quatro anos após, quase 300 pessoas, na pior tragédia humana e ambiental que se tem notícia no mundo, o crime de Brumadinho.
Fonte: blogdolindenberg.com.br
Foto: divulgação
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Fonte: blogdolindenberg.com.br
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