A privatização da Copasa, que é um dos projetos do governador Romeu Zema (Novo) Minas Gerais conseguir aderir ao programa de recuperação fiscal, vai significar o fim do contrato da empresa de abastecimento de água em Belo Horizonte. A informação foi dada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) e envolve uma cifra de R$ 400 milhões anuais pagos hoje à estatal pelo serviço.


Segundo o prefeito Alexandre Kalil, 60% do faturamento atual da Copasa, que é a concessionária de àgua de Belo Horizonte, vem do contrato com a capital.

“Acho engraçado quando falam em privatizar a Copasa, porque estão querendo privatizar o que não é deles. É a coisa mais simples do mundo e está em contrato, já mandei olhar: no dia que privatizarem a Copasa eles perdem a concessão da água de BH. Estamos falando de uma concessão privada de coisa de 400 milhões por ano”, afirmou Kalil nessa quarta-feira, ao falar sobre o risco de desabastecimento na Região Metropolitana da capital.

O governador Romeu Zema já afirmou que vai enviar ao Legislativo um projeto de lei para privatizar a Copasa e a Cemig. Por enquanto, já foi apresentado o texto da desestatização da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). 

Zema decidiu fatiar as propostas do ajuste fiscal para diminuir as barreiras. A privatização da Cemig e da Copasa são as que mais encontram resistências entre os deputados estaduais e na opinião pública, ficaram para depois.

Nessa terça-feira, ao participar de um evento com empresários, o governador fez mais uma vez uma defesa enfática das privatizações e afirmou que as estatais devem ser enterradas nos próximos anos no Brasil.