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Um dos responsáveis pela estratégia digital da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal André Janones (Avante-MG) diz que a eleição deste ano é sobre "salvar a democracia". Por isso, defende o uso de estratégias de comunicação que atribui ao grupo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo Janones, o presidente está "a um passo" de fazer valer um regime ditatorial.
"A gente precisa vencer a eleição para salvar a democracia. Bolsonaro está a um passo de instalar uma ditadura pelo viés democrático. Sempre foi o sonho dele. Ele já é o chefe do Executivo; se conseguir aumentar o número de ministros do Supremo, teria maioria no Judiciário. E, talvez, os três poderes nas mãos, porque elegeu uma boa base e ainda há o Centrão, que ele conseguiria agradar", afirmou, nesta sexta-feira (7/10), ao Estado de Minas.
Nas redes sociais, Janones tem disseminado vídeos com falas antigas de Bolsonaro. Hoje, por exemplo, publicou um compilado de declarações negativas do presidente a respeito das mulheres. Antes, já havia publicado conteúdos associando o presidente à maçonaria. Comumente, os materiais divulgados pelo deputado são acompanhados por palavras como "urgente", "bomba" e "exclusivo" - em semelhança à estética bolsonarista.
"Para salvar a democracia, temos de usar as mesmas armas que eles, mas com uma diferença: apesar de muita gente dizer que estou divulgando fake news, ninguém consegue apontar exatamente qual é a fake news que divulguei", pontuou.
Para evitar consequências jurídicas, o deputado costuma utilizar o futuro do pretérito, tempo verbal que trata da possibilidade de algo ter acontecido no passado. Assim, recorre a palavras como "estaria" ou "teria".
"Deixo no ar para que, tecnicamente, tenha a minha defesa jurídica. De fato, não fiz nenhum tipo de afirmação. É até onde minha ética me permite ir. Não consigo passar dessa linha como eles passam sem nenhum tipo de pudor. Para chegar ao nível deles, teríamos de fazer muito pior".
'Momento do sensacionalismo, do grito'
Alçado ao posto de deputado federal por causa da atuação na greve dos caminhoneiros de 2018, Janones costuma recorrer a termos populares para espalhar conteúdos contra Bolsonaro.
"Em cada momento, há a comunicação adequada. O atual momento - e quem levou para esse patamar foi o bolsonarismo - é o momento do sensacionalismo, do grito, da coisa chamativa, (com) 'atenção' e 'urgente'", justificou.
"O comunicador fala da maneira que o receptor melhor entende. Em um país desigual como o nosso, a cada momento você fala com um público. Não posso falar 'juridiquês' com pessoas simples, que não receberam condições de compreender aquele linguajar. Também não posso falar 'nós vai' ou 'nós vê' em um tribunal, por exemplo", ponderou ele.
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Um dos responsáveis pela estratégia digital da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal André Janones (Avante-MG) diz que a eleição deste ano é sobre "salvar a democracia". Por isso, defende o uso de estratégias de comunicação que atribui ao grupo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo Janones, o presidente está "a um passo" de fazer valer um regime ditatorial.
"A gente precisa vencer a eleição para salvar a democracia. Bolsonaro está a um passo de instalar uma ditadura pelo viés democrático. Sempre foi o sonho dele. Ele já é o chefe do Executivo; se conseguir aumentar o número de ministros do Supremo, teria maioria no Judiciário. E, talvez, os três poderes nas mãos, porque elegeu uma boa base e ainda há o Centrão, que ele conseguiria agradar", afirmou, nesta sexta-feira (7/10), ao Estado de Minas.
Nas redes sociais, Janones tem disseminado vídeos com falas antigas de Bolsonaro. Hoje, por exemplo, publicou um compilado de declarações negativas do presidente a respeito das mulheres. Antes, já havia publicado conteúdos associando o presidente à maçonaria. Comumente, os materiais divulgados pelo deputado são acompanhados por palavras como "urgente", "bomba" e "exclusivo" - em semelhança à estética bolsonarista.
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"O comunicador fala da maneira que o receptor melhor entende. Em um país desigual como o nosso, a cada momento você fala com um público. Não posso falar 'juridiquês' com pessoas simples, que não receberam condições de compreender aquele linguajar. Também não posso falar 'nós vai' ou 'nós vê' em um tribunal, por exemplo", ponderou ele.