CRÍTICAS
 
O deputado federal André Janones (Avante-MG) foi um dos pilares na campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para combater os bolsonaristas e as disseminações de fake news nas redes sociais. Agora, ele parece descontente com a comunicação do governo eleito e apontou que a esquerda não aprendeu “nem com a ascensão do bolsonarismo, e muito menos com o sufoco que passamos para vencer a extrema direita”.

Em série de postagens no Twitter, ele começou relembrando a letra a música de Cazuza: “Eu vejo o futuro repetir o passado”. Segundo o deputado mineiro, é preciso refletir sobre as vivências do passado. “Desde ontem, acompanho estupefato os nossos pseudo intelectuais, discutindo aqui no Twitter sobre as declarações do jornalista Gleen, sobre estarmos em um suposto regime de censura”, iniciou.

“Enquanto isso o povão, a massa, aqueles mesmo que decidem eleições e que sequer sabem quem é ou conseguir pronunciar “Gleen”, estão no zap zap, recebendo desesperados a notícia de que o governo cortou o empréstimo consignado para os mais pobres por pura maldade e que não quer (isso mesmo: NÃO QUER), aumentar o salário mínimo”, pontuou. 

Ele continuou: “Parece que não aprendemos nada com o golpe de 16, nem com a ascensão do bolsonarismo, e muito menos com o sufoco que passamos para vencer a extrema direita nas últimas eleições.”

Janones explicou que o contato entre o governo e o povo deve ser inclusivo. “A comunicação contemporânea exige INTIMISMO e CONST NCIA mas, para isso, governantes e governados, líderes e liderados, influenciadores e influenciados, precisam estar no mesmo mundo, vivendo e compartilhando as mesmas angústias, alegrias e perspectivas”, afirmou.
 
“Não dá pra ter engajamento nas redes quando a maioria esmagadora da população debate o valor do salário mínimo e o empréstimo do “auxílio” (sim, lá ainda é auxílio e não bolsa família), recebendo uma enxurrada de fake News e a gente tá aqui debatendo a declaração do Gleen e os tuítes do Monark”, completou.

Segundo ele, o bolsonarismo segue esse método. “É preciso compreender que não existe democracia sem povo. E esse povo, nessa democracia moderna, não quer mais apenas comida, quer comida diversão e arte, quer opinar, quer ser ouvida e não mais somente ouvir. Aqui entra o bolsonarismo: afagando e gerando sensação de pertencimento”, ressaltou.
 
“Pra aqueles que passaram a se sentir esquecidos e a não mais serem escutados e compreendidos quando o debate ideológico passou a pautar as “lutas” do campo progressista, o afago da extrema direita, é extremante sedutor”, disse. 
 
E concluiu: “A nós, restam apenas dois caminhos: acompanhar as mudanças, admitir que o novo sempre vem, e se abrir pra ele, aceitando esse novo modelo de democracia em que a participação popular é muito mais efetiva ou continuar negando a realidade inexorável que as redes sociais impõem e nos aprofundarmos em debates filosóficos inócuos, e mergulharmos em uma realidade paralela inversa a do Bolsonarismo, e assistir à volta retumbante da extrema direita, e à consequente queda da nossa democracia. Afinal, realidade paralela por realidade paralela, a delas é bem mais numerosa e inclusiva.”

 
 
 
André Janones
 
@AndreJanonesAdv
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Como cantou Cazuza: “eu vejo o futuro repetir o passado…” segue o fio  Desde ontem, acompanho estupefato os nossos pseudo intelectuais, discutindo aqui no Twitter sobre as declarações do jornalista Gleen, sobre estarmos em um suposto regime de censura.
 
 
 
André Janones
 
@AndreJanonesAdv
 
 Enquanto isso o povão, a massa, aqueles mesmo que decidem eleições e que sequer sabem quem é ou conseguir pronunciar “Gleen”, estão no zap zap, recebendo desesperados a notícia de que o governo cortou o empréstimo consignado para os mais pobres por pura maldade e que não quer