Jair Bolsonaro reuniu-se  na manhã desta terça-feira  (9) com seus ministros, mas sem a presença do general Mourão,  como já ocorrera na semana passada. A estratégia presidencial tem sido evitar as reuniões do Conselho de Governo, que contam com a participação do vice, e organizar outras, das quais ele pode ser excluído.

Segundo reportagem do jornal O Globo, a lista de participantes divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República não tem o nome de Mourão. Segundo auxiliares da Presidência, Bolsonaro está descontente com Mourão e avalia que o vice usa as informações das reuniões de Conselho de Governo para dar declarações à imprensa nas quais rebate algumas ações e pontos de vista do presidente.

Soma-se a isso o imbróglio no fim de janeiro envolvendo um assessor de Mourão, que teve revelada pelo site "O Antagonista" uma conversa com o chefe de gabinete de um deputado federal sobre as articulações em curso no Congresso para um eventual impeachment de Bolsonaro. O assessor acabou demitido, e Mourão, que vinha dando declarações constantes à imprensa, se recolheu.


A ação do assessor de Mourão ocorreu no mesmo momento que crescia a pressão para que o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, desse sequência aos mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro.