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A direção do IFPR (Instituto Federal do Paraná) impediu a realização de uma palestra do ex-candidato à presidência em 2018, Guilherme Boulos (PSol), no auditório da entidade, em Curitiba (PR).
O evento, intitulado Educação e Democracia e organizado por membros do centro acadêmico do instituto, acabou ocorrendo na rua, em frente ao prédio do IFPR, na manhã desta sexta-feira (9).
Em nota, a entidade argumentou que a entidade considerou a medida como preventiva, já que está em processo de consulta eleitoral para os cargos de reitor e diretor-geral do campus e que o regulamento do IFPR "veda, sob qualquer pretexto, a vinculação com partidos políticos".
Informe do IFPR desta quinta-feira (8), assinado pelo diretor-geral do campus de Curitiba, Adriano Wilian da Silva, descreve que um dos candidatos a reitor do instituto ajuizou ação em que questionou a realização de eventos políticos no espaço. Assim, depois de consulta a procuradoria da entidade, optou-se pelo cancelamento do evento no local.
A assessoria esclareceu ainda que a realização de eventos "políticos" dentro do local levou ao questionamento judicial da última eleição para reitor do IFPR, em 2014.
Como a discussão ainda jurídica não foi superada, desde então, os novos reitores foram todos indicados.
"O evento, que contribui para o necessário debate público sobre educação, poderá ser realizado em nova data ou local", completa a nota do IFPR.
Pelo Twitter, o ministro da Educação Abraham Weintraub comemorou a decisão do instituto e escreveu: "O Brasil está mudando! Essa 'tigrada' precisa saber que os brasileiros acordaram!".
De outro lado, Boulos classificou a medida como "censura". "Ao impedir que um determinado pensamento político se expresse num debate sobre educação pública dentro de uma instituição pública de educação é uma tentativa de censurar", afirmou à Folha de S.Paulo.
Ele disse ainda que "o tiro saiu pela culatra", já que, segundo o ex-candidato, havia mais pessoas na atividade na rua do que caberia dentro do auditório do IFPR, com 270 lugares.
"É lamentável que isso venha de um procurador do Instituto Federal. É lamentável que isso conte com o respaldo desse cidadão que hoje ocupa o MEC. Mas eles vão ter que tentar outro caminho porque esse não deu certo. Nós vamos continuar indo para instituições de ensino no Brasil inteiro (...). Não vamos deixar de fazer por qualquer tipo de intimidação", declarou.
Na palestra, que durou cerca de 20 minutos e foi transmitida pela página do Facebook de Boulos, ele fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) e afirmou que o ministro não é da educação, mas "da ignorância".
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Em nota, a entidade argumentou que a entidade considerou a medida como preventiva, já que está em processo de consulta eleitoral para os cargos de reitor e diretor-geral do campus e que o regulamento do IFPR "veda, sob qualquer pretexto, a vinculação com partidos políticos".
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Pelo Twitter, o ministro da Educação Abraham Weintraub comemorou a decisão do instituto e escreveu: "O Brasil está mudando! Essa 'tigrada' precisa saber que os brasileiros acordaram!".
De outro lado, Boulos classificou a medida como "censura". "Ao impedir que um determinado pensamento político se expresse num debate sobre educação pública dentro de uma instituição pública de educação é uma tentativa de censurar", afirmou à Folha de S.Paulo.
Ele disse ainda que "o tiro saiu pela culatra", já que, segundo o ex-candidato, havia mais pessoas na atividade na rua do que caberia dentro do auditório do IFPR, com 270 lugares.
"É lamentável que isso venha de um procurador do Instituto Federal. É lamentável que isso conte com o respaldo desse cidadão que hoje ocupa o MEC. Mas eles vão ter que tentar outro caminho porque esse não deu certo. Nós vamos continuar indo para instituições de ensino no Brasil inteiro (...). Não vamos deixar de fazer por qualquer tipo de intimidação", declarou.
Na palestra, que durou cerca de 20 minutos e foi transmitida pela página do Facebook de Boulos, ele fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) e afirmou que o ministro não é da educação, mas "da ignorância".