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O teor da sugestão de discurso revela um tom conciliatório e reconhecimento da derrota, com a seguinte declaração: "eu sempre disse que o Brasil está acima de tudo e Deus acima de todos e que daria minha vida pelo Brasil. Por esse motivo, não contestarei o resultado das eleições". No entanto, Bolsonaro não fez o pronunciamento conforme proposto. Fábio Faria, o ex-ministro das Comunicações, que enviou o texto, confirmou o envio por e-mail, mas não explicou a razão pela qual Bolsonaro não o leu.
Durante o período de silêncio após a eleição, Bolsonaro permaneceu isolado no Palácio da Alvorada, reduzindo suas aparições públicas e agendas no Palácio do Planalto. Somente 48 horas após a vitória de seu opositor, o hoje presidente Lula (PT), é que Bolsonaro se pronunciou. Na ocasião, ele se reuniu com ministros e aliados antes de fazer um discurso breve, que não mencionou a derrota nem fez referências ao presidente eleito.
Apesar da tentativa de preparar um discurso de reconhecimento, Bolsonaro fez críticas aos institutos de pesquisa e à Justiça por suspender perfis de direita nas redes sociais. Especialistas observam que pesquisas eleitorais indicam tendências e não predizem resultados, e as suspensões de contas nas redes visavam conter a disseminação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas, cuja integridade foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A recorrente contestação do processo eleitoral resultou em uma condenação que tornou Bolsonaro inelegível até 2030, por abuso de poder político e uso inadequado dos meios de comunicação. O TSE ratificou a confiabilidade das urnas eletrônicas e a lisura do pleito, com reconhecimento internacional da eleição brasileira por diversos países, incluindo os Estados Unidos, a China, membros da União Europeia e nações latino-americanas.
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