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Após o presidente Jair Bolsonaro insinuar que a China poderia ter criado o novo coronavírus como arma para uma "guerra química", os governadores do país correm atrás para fazer uma retratação com as autoridades chinesas a fim de não prejudicar a relação com o país que envia os insumos necessários para a produção de vacinas contra a Covid-19 em território nacional.
O pedido de audiência, por teleconferência, foi solicitado pelo governador do Piauí e coordenador da temática de vacina no Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias, nesta sexta-feira (7), dois dias após a fala do presidente Jair Bolsonaro.
"Pelo Fórum dos Governadores do Brasil, estou encaminhando ao embaixador da China o pedido de audiência, por teleconferência, onde de pronto estamos afirmando o nosso respeito ao povo da China, ao respeito pelo trabalho e a gratidão mesmo pelo fornecimento de vacinas ao Brasil", afirmou Dias.
Além de ressaltar o respeito ao país, principal fornecedor de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) do Brasil, o governador do Piauí, reforçou a importância de se manter o cronograma de entrega do insumo que garante a produção de vacinas pelo Instituto Butantan.
Novo lote sem previsão
O instituto paulista aguarda um novo lote de IFA para começar a produção de novas doses da CoronaVac. O último lote de 3 mil litros recebido em 19 de abril já foi processado para dar origem a 5 milhões de doses. Os imunizantes já começaram a ser entregues ao governo federal na última semana. O Butantan finalizará a entrega deste montante em 14 de maio.
Nesta sexta-feira, o diretor do Butantan, Dimas Covas, informou que há uma previsão confirmada do envio de 4 mil litros de IFA ao Brasil. No entanto, ainda não há data definida para a entrega. "Deve chegar no máximo, esperamos, até o dia 18 deste mês", disse durante coletiva de imprensa.
Na quarta-feira (6), a previsão de Covas era de que só chegassem ao país este mês 2 mil litros do insumo. Apesar de ter indicado uma preocupação com a sinalização de redução do volume que será enviado da China, o diretor explicou que as negociações para o embarque da matéria-prima ainda estão em curso.
Mal-estar
Na ocasião, o diretor do Butantan afirmou que o governo federal vem criando um mal-estar com o maior parceiro comercial do Brasil, travando as negociações. "Todas essas idas e vindas do governo federal obviamente têm um impacto no ritmo de liberação do IFA. As liberações estão acontecendo, mas em volume menor que poderiam", disse Covas.
Nesta sexta, o governador João Doria, também voltou a falar sobre o assunto. "Estamos aguardando a liberação pelo governo da China de mais insumos para a produção de mais vacinas. Esperamos também que em Brasília esqueçam um pouco de falar bobagem e se concentrem no que é necessário, e parem de agredir a China, os chineses e o governo da China", pediu Doria, alfinetando a fala do mandatário do país.
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Após o presidente Jair Bolsonaro insinuar que a China poderia ter criado o novo coronavírus como arma para uma "guerra química", os governadores do país correm atrás para fazer uma retratação com as autoridades chinesas a fim de não prejudicar a relação com o país que envia os insumos necessários para a produção de vacinas contra a Covid-19 em território nacional.
O pedido de audiência, por teleconferência, foi solicitado pelo governador do Piauí e coordenador da temática de vacina no Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias, nesta sexta-feira (7), dois dias após a fala do presidente Jair Bolsonaro.
"Pelo Fórum dos Governadores do Brasil, estou encaminhando ao embaixador da China o pedido de audiência, por teleconferência, onde de pronto estamos afirmando o nosso respeito ao povo da China, ao respeito pelo trabalho e a gratidão mesmo pelo fornecimento de vacinas ao Brasil", afirmou Dias.
Além de ressaltar o respeito ao país, principal fornecedor de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) do Brasil, o governador do Piauí, reforçou a importância de se manter o cronograma de entrega do insumo que garante a produção de vacinas pelo Instituto Butantan.
Novo lote sem previsão
O instituto paulista aguarda um novo lote de IFA para começar a produção de novas doses da CoronaVac. O último lote de 3 mil litros recebido em 19 de abril já foi processado para dar origem a 5 milhões de doses. Os imunizantes já começaram a ser entregues ao governo federal na última semana. O Butantan finalizará a entrega deste montante em 14 de maio.
Nesta sexta-feira, o diretor do Butantan, Dimas Covas, informou que há uma previsão confirmada do envio de 4 mil litros de IFA ao Brasil. No entanto, ainda não há data definida para a entrega. "Deve chegar no máximo, esperamos, até o dia 18 deste mês", disse durante coletiva de imprensa.
Na quarta-feira (6), a previsão de Covas era de que só chegassem ao país este mês 2 mil litros do insumo. Apesar de ter indicado uma preocupação com a sinalização de redução do volume que será enviado da China, o diretor explicou que as negociações para o embarque da matéria-prima ainda estão em curso.
Mal-estar
Na ocasião, o diretor do Butantan afirmou que o governo federal vem criando um mal-estar com o maior parceiro comercial do Brasil, travando as negociações. "Todas essas idas e vindas do governo federal obviamente têm um impacto no ritmo de liberação do IFA. As liberações estão acontecendo, mas em volume menor que poderiam", disse Covas.
Nesta sexta, o governador João Doria, também voltou a falar sobre o assunto. "Estamos aguardando a liberação pelo governo da China de mais insumos para a produção de mais vacinas. Esperamos também que em Brasília esqueçam um pouco de falar bobagem e se concentrem no que é necessário, e parem de agredir a China, os chineses e o governo da China", pediu Doria, alfinetando a fala do mandatário do país.