Brasil247 - Grupo de comunicação dos Marinho, que vinha mantendo cobertura discreta do Bolsogate, entrou com tudo no caso neste sábado (8) com várias reportagens no Globo Online. Jair Bolsonaro (PSL) começa a ser cercado pela mídia antes mesmo de tomar posse.
Uma das reportagens diz que, segundo relatório do Coaf, o ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), o subtenente da Polícia Militar Fabrício José de Carlos Queiroz, recebeu depósitos em espécie e por meio de transferências de oito funcionários que já foram ou estão lotados no gabinete do parlamentar. De acordo com as investigações da Operação Furna da Onça, houve uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão entre 01/01/2016 e 31/01/2017 na conta do ex-assessor.
Mostrando que os laços que uniam Fabrício José de Carlos Queiroz e o clã Bolsonaro iam muito além das atividades parlamentares - incluía churrasco e futebol -, O Globo conta em outra reportagem como Queiroz, como é conhecido, foi ficando íntimo da família. "Ganhou primeiro a confiança do presidente eleito, Jair Bolsonaro, antes de ir, há mais de dez anos, trabalhar no gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro, o filho mais velho de Jair. A exoneração do subtenente só veio em 15 de outubro deste ano", relata.
Mas os laços familiares foram além. "A mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, e duas filhas, de um total de quatro, também foram lotadas no gabinete de Flávio. Márcia tinha salário bruto de R$ 9.835 entre março de 2007 a setembro do ano passado. Nathália Melo de Queiroz, uma das filhas, trabalhou, entre setembro de 2007 a fevereiro de 2011, no gabinete da vice liderança do PP, partido de Flávio à época, com salário de R$ 6.490. Depois, passou pelo Departamento Taquigráfico e Debates e, em agosto de 2011, foi para o gabinete de Flávio, com salário de R$ 9.835, onde ficou até dezembro de 2016", conta.
Coincidentemente, Nathália deixou o cargo no mesmo dia em que o pai pediu exoneração, em 15 de outubro deste ano.