O critico de artes José Teles, de Pernambuco, veiculou vídeo no Facebook, no qual o cantor e compositor Geraldo Vandré, proíbe uma faixa em protesto à morte da vereadora Marielle Franco e pede retirada de protestante do Teatro.
Eis o texto de Teles:
Geraldo Vandré impede que manifestantes estendam faixa de protesto cobra o assassinato da vereadora Marielle Franco, no final do segundo concerto, de que participou, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa, nesta sexta-feira. Ironicamente, Vandré cantava Pra não dizer que não falei de flores, que foi proibida de ser cantada no Brasil durante onze anos.
Na segunda noite, Vandré adota a Censura, Proíbe protesto por Marielle e se assume à Direita
A segunda noite de show memorável de retorno ao palco, 50 anos depois, pelo cantor e compositor Geraldo Vandré no Teatro José Siqueira, em João Pessoa – sua terra natal, registrou fato produzido pelo renomado artista na contramão do que ele representara nos anos 60. Ele, simplesmente parou a interpretação de “Pra não dizer que não falei de flôres” – hino contra Ditadura, para proibir a exposição de faixa em protesto contra a morte da vereadora Marielle.
Pior: ele fez questão de retirar a ativista com expressões inaudíveis do auditório do Teatro – para quem não sabe em homenagem ao maestro paraibano, fundador da Orquestra Sinfônica Brasileira embora ignorado no Pais por ter sido comunista e perseguido pela Ditadura.
A atitude de Vandré foi reproduzida em meio a gestos repetidos dele de continência à Marinha, que se fez presente nos shows sob reverência do artista em clara manifestação de vinculo renovado com o segmento das Forças Armadas e, como consequência, à Direita.
Toda a cena intui e conclui que Geraldo Vandré faz tempo se converteu renegando seu passado de simbologia de Utopias para muitas gerações, por conseguinte na atualidade nada mais disso existe ou resiste na consciência e postura politica do Mito, hoje envolvido e assumido de amor ao que representa “Fabiana” – sua devoção à Marinha.
A Síntese de tudo é ter que conviver com Vandré com novo estereótipo artístico inteligente e de espectro ideológico à Direita de forma sutil e assumida.
O Vandré dos festivais continua lá, bem distante no passado e só.