ENTREVISTA

O vereador Gabriel Azevedo (sem partido) chamou o prefeito Alexandre Kalil (PSD) de corrupto e hipócrita. A declaração dura contra o chefe do Executivo de Belo Horizonte foi dada pelo parlamentar em entrevista, na noite desta quinta-feira (21), ao Super N, da rádio Super Notícia 91,7 FM.

"O prefeito é no mínimo hipócrita e também, na pior das hipóteses, um corrupto", afirmou o parlamentar em referência às suspeitas de que os empresários de transporte coletivo pagariam a defesa do ex-presidente da BHTrans, Célio Bouzada e de que o advogado do ex-presidente foi nomeado como conselheiro no Conselho de Ética. As denúncias vieram à tona por novos áudios apresentados pelo ex-chefe de gabinete de Kalil, Alberto Lage, em que o prefeito faz a afirmação.

“Há mafiosos atuando no transporte público de Belo Horizonte e o mais revoltante é que Alexandre Kalil, que foi eleito em 2016 dizendo que abriria a caixa preta da BHTrans, afinou, ele agora está sentado no colo dos empresários de ônibus. Ele só pensa em ser governador de Minas Gerais”, dispara. 

 

Nesta quinta-feira, os vereadores se reuniram com Nely para discutir a reação da Câmara Municipal diante das denúncias. Na mesa, a pauta do impeachment chegou a ser tratada, mas segundo informou a presidente da Câmara, Nely Aquino, só após a conclusão dos relatórios da CPI da BHTrans e da Covid que ocorrem na Câmara é que a Casa tomará alguma medida. 

Na entrevista à Super, Gabriel Azevedo, que é presidente da CPI da BHTrans, afirmou que pelo menos 23 vereadores consideram abrir um processo de impeachment contra Kalil. Regimentalmente são necessários 21votos, caso a presidente Nely Aquino coloque a pauta em plenário.

O vereador também falou sobre o repasse de R$220 milhões que a PBH fez às empresas de ônibus durante a pandemia que é alvo de investigação nas duas CPIs.

“Um relatório apresentado por técnicos da BHTrans mostra que os repasses as empresas de ônibus foi ilegal. O prefeito fala isso na coletiva hoje. Emprestou 220 milhões, para empresário de ônibus. Enquanto fechava o comércio, tirava o dinheiro da assistência social”, afirmou.